A 72 horas da festa

Vem a&iacute; PLR, conquista hist&oacute;rica

Desmata, lucra e n&atilde;o paga: crime

Por Rogaciano Medeiros&nbsp; 
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MUITO DIF&Iacute;CIL 
A rela&ccedil;&atilde;o do governo com a C&acirc;mara n&atilde;o tende a melhorar com o novo presidente. Deve continuar no grau de dificuldade que era com Arthur Lira (PP-AL), na melhor das hip&oacute;teses. Al&eacute;m de admitir votar anistia para golpistas, Hugo Motta (PR-PB) n&atilde;o quer que o STF discuta as big techs, &eacute; contra taxa&ccedil;&atilde;o dos super-ricos e isen&ccedil;&atilde;o de IR para at&eacute; R$ 5 mil. A&iacute; n&atilde;o d&aacute;.

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BEM DESAFIADOR 
Infelizmente, em um Congresso de ampla maioria conservadora, boa parte reacion&aacute;ria, a governabilidade continuar&aacute; sendo um dos maiores desafios da democracia social no governo Lula. Se na C&acirc;mara Hugo Motta (PR-PB) tenta impor uma agenda bem ultraliberal, no Senado Davi Alcolumbre (UB-AP) n&atilde;o quer mudan&ccedil;as no or&ccedil;amento. Prefere mant&ecirc;-lo secreto. Jogo duro.

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EQU&Iacute;VOCO TOTAL 
Nada &eacute; absoluto. Toda avalia&ccedil;&atilde;o tem de levar em conta o contexto. Hoje, em uma realidade radicalizada entre o Estado democr&aacute;tico de direito e a plutocracia autocr&aacute;tica, marcada pela escalada global do fascinazismo, mil&iacute;cia virtual, fake news e est&iacute;mulo a sa&iacute;das pela via da viol&ecirc;ncia, defender semipresidencialismo s&oacute; por ignor&acirc;ncia ou m&aacute; f&eacute;. Vide o Parlamento atual.

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EM COMPENSA&Ccedil;&Atilde;O... 
Para aliviar a pol&ecirc;mica se Gabriel Gal&iacute;polo, como presidente rec&eacute;m empossado do BC, podia evitar o &uacute;ltimo aumento da Selic, tramado pelo bolsonarista Campos Neto antes de deixar o banco para sabotar o governo, e n&atilde;o o fez para agradar o mercado, em compensa&ccedil;&atilde;o at&eacute; ontem o d&oacute;lar acumulava a maior sequ&ecirc;ncia de quedas di&aacute;rias em 20 anos. Que evolua. 
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ACORDA, BRASIL 
Os protestos recentes, com mais de 1 milh&atilde;o de pessoas na Argentina e quase 500 mil na Alemanha, mostram que o mundo j&aacute; come&ccedil;a a reagir &agrave;s insanidades de Trump, Milei, Netanyahu, do fascinazismo global. A tend&ecirc;ncia &eacute; o crescimento da mobiliza&ccedil;&atilde;o popular na Am&eacute;rica Latina e na Europa por democracia. Acorda, Brasil, a &uacute;nica sa&iacute;da &eacute; povo na rua. 
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Por Rogaciano Medeiros

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SUPREMO CONSENSO 
Merece destaque e reprodu&ccedil;&atilde;o, a fala do presidente do STF, Roberto Barroso, na abertura do ano judici&aacute;rio: &quot;H&aacute; o compromisso em sermos parceiros em tudo aquilo que, &agrave; luz da Constitui&ccedil;&atilde;o, seja bom para o Brasil&quot;. Mais claro do que isto, s&oacute; desenhando. Nem pensar anistia para golpistas e revers&atilde;o da inelegibilidade de Bolsonaro. S&atilde;o consensos no Supremo. Que continue assim.

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ENTENDERAM BEM 
Os presidentes da C&acirc;mara, Hugo Motta (PR-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), estavam pr&oacute;ximos do ministro Roberto Barroso, no STF, e entenderam muito bem o recado. Constitucionalmente, o Legislativo n&atilde;o &eacute; inst&acirc;ncia revisora do Judici&aacute;rio. Portanto, tolher o poder do Supremo e anistiar golpistas n&atilde;o t&ecirc;m valor legal. S&oacute; fazem agravar a tens&atilde;o pol&iacute;tica.&nbsp;

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GRANDE BALUARTE 
Em um Brasil sem mobiliza&ccedil;&atilde;o popular, com a luta pol&iacute;tica movida pelas massas praticamente estagnada, o STF tem sido o grande baluarte do Estado democr&aacute;tico de direito. E deve continuar sendo, se depender do presidente, Roberto Barroso, e dos pr&oacute;ximos, Edson Fachin (2025-2027) e Alexandre de Moraes (2027-2029). O Supremo tem tido &ecirc;xito na guarda da Constitui&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

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EST&Atilde;O PAGANDO 
A vida d&aacute; voltas. Ao assumirem, ultimamente, posi&ccedil;&otilde;es firmes em defesa da ordem constitucional e da legalidade, o presidente do STF, Roberto Barroso, e o pr&oacute;ximo, Edson Fachin, t&ecirc;m honrado o pagamento da imensa d&iacute;vida com o Brasil e os brasileiros. Os dois acreditaram e apoiaram a Lava Jato, origem do horror fascinazista que gerou Bolsonaro e vitaminou a extrema direita.

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MUITO LONGE 
No plano institucional, n&atilde;o h&aacute; hoje a menor d&uacute;vida quanto a firmeza do STF na guarda e na afirma&ccedil;&atilde;o da Constitui&ccedil;&atilde;o. Por&eacute;m, no plano econ&ocirc;mico, o Supremo ainda est&aacute; muito longe de uma postura mais firme ou pelo menos cr&iacute;tica &agrave; agenda ultraliberal. Tem admitido muitas privatiza&ccedil;&otilde;es lesa-p&aacute;tria e derrotado os trabalhadores em quest&otilde;es classistas entre capital e trabalho. 
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Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

 
TRISTE BRASIL 
Parece que os novos presidentes da C&acirc;mara, Hugo Motta (PR-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), combinaram o discurso de posse. O deputado disse que &ldquo;o brasileiro n&atilde;o quer disc&oacute;rdia, quer emprego&rdquo;, e o senador afirmou que &ldquo;o melhor caminho &eacute; a pacifica&ccedil;&atilde;o&rdquo;. A impunidade adora esta conversa. Os dois tiveram apoio dos antecessores, do PT e do PL.&nbsp;

 
EST&Atilde;O DEVENDO 
Como comandantes do Poder Legislativo, os novos presidentes da C&acirc;mara e do Senado deveriam ter assumido, na posse, posi&ccedil;&atilde;o firme em defesa do cumprimento das leis, da Constitui&ccedil;&atilde;o, requisito indispens&aacute;vel &agrave; gera&ccedil;&atilde;o de emprego defendida por Motta e a pacifica&ccedil;&atilde;o pretendida por Alcolumbre. O que v&atilde;o fazer para tornar p&uacute;blico o or&ccedil;amento secreto? Apoiam anistia?

 
OUTRO GOLPE 
A proposta de semipresidencialismo ou parlamentarismo &eacute; golpista porque dificulta ainda mais a chegada ao poder de um projeto minimamente popular. Seja qual for o resultado das urnas, o presidente n&atilde;o manda em nada. Quem governa &eacute; o primeiro-ministro, eleito por uma maioria parlamentar conservadora e indecente. Como ocorre agora, com o or&ccedil;amento secreto.

 
ARMA&Ccedil;&Atilde;O, &Oacute;BVIO 
Em uma realidade na qual o Parlamento &eacute; ocupado majoritariamente por aventureiros que usam a Internet para ludibriar a massa - o eleitor &eacute; tratado como imbecil - e cuja maioria eleita, reacion&aacute;ria, n&atilde;o tem o menor compromisso com os valores republicanos, defender semipresidencialismo ou parlamentarismo s&oacute; mesmo por ignor&acirc;ncia ou m&aacute; f&eacute;.&nbsp;

 
BEM PLUTOCR&Aacute;TICO 
&quot;H&aacute; uma coisa que eu admiro no Trump &eacute; o imperialismo sem m&aacute;scaras. Acabou a hipocrisia. N&atilde;o h&aacute; mais a m&aacute;scara da democracia ou da paz. Ele governa de forma direta, em prol das elites bilion&aacute;rias&rdquo;. Certeira, a avalia&ccedil;&atilde;o do soci&oacute;logo portugu&ecirc;s Boaventura de Sousa Santos. &Eacute; que se chama de plutocracia. 
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Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

 
P&Acirc;NICO IMPERIAL 
A amea&ccedil;a do presidente norte-americano Donald Trump de taxar em 100% os pa&iacute;ses do Brics, e a&iacute; se inclui o Brasil, caso o bloco crie moeda pr&oacute;pria, &eacute; o t&iacute;pico &ldquo;acusou o golpe&rdquo;. O imperialismo est&aacute; em p&acirc;nico com a inevit&aacute;vel desdolariza&ccedil;&atilde;o. Sabe que uma das maiores fontes de saques das riquezas das na&ccedil;&otilde;es pelos EUA e UE vai secar em breve. Da&iacute; tanto desespero.

 
COM ALTIVEZ 
Na justa medida, a atitude do presidente Lula, que garantiu responder com a mesma moeda, se Trump realmente sobretaxar produtos brasileiros. &Eacute; isto mesmo. Como dizem os mais velhos, &ldquo;quem acha, encaixa&rdquo;. No estilo Che Guevara: &ldquo;Endurecer sem perder a ternura&rdquo;. Se a diplomacia brasileira tivesse a mesma coragem...

 
&ldquo;SEMPRE VEM&rdquo; 
Se, como ensina a vida e canta a m&uacute;sica, &ldquo;o novo sempre vem&rdquo;, ent&atilde;o o Brics &eacute; a sequ&ecirc;ncia inexor&aacute;vel do mundo e de grande parcela da humanidade, n&atilde;o em futuro distante, mas em um presente que se aproxima cada vez mais r&aacute;pido. Isto n&atilde;o significa que o velho acabou. Ainda vai causar muitos estragos, &eacute; comum no ocaso de todo imp&eacute;rio. Mas, ficar&aacute; no passado da Hist&oacute;ria.

 
TEM ESCOLHA 
Em uma conjuntura pol&iacute;tica radicalizada entre progressistas e a extrema direita, as for&ccedil;as de centro, que se dizem liberais, ter&atilde;o mais uma vez papel decisivo no futuro do Estado democr&aacute;tico de direito no Brasil. Em 2022, boa parte caminhou com Lula, que tem se desdobrado para manter a alian&ccedil;a em 2026. Entre os percal&ccedil;os da democracia e o horror fascinazista. Tem escolha.

 
AMARGA RESSACA 
Com a chegada de fevereiro, o Carnaval, que este ano acaba no in&iacute;cio de mar&ccedil;o, passa a ocupar ainda mais a agenda &nbsp; dos brasileiros, especialmente baianos, cariocas e pernambucanos, que comemoram mais intensamente. No campo pol&iacute;tico, a expectativa fica por conta da den&uacute;ncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, que a PGR promete fazer ap&oacute;s a festa.&nbsp; 
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Por Rogaciano Medeiros 
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CERCO RENTISTA 
O aumento de 1 ponto percentual na Selic, hoje em 13,25%, mesmo com Gabriel Gal&iacute;polo, indicado por Lula, na presid&ecirc;ncia do BC, deixa evidente que a boa comunica&ccedil;&atilde;o &eacute; importante, mas o maior problema do governo &eacute; o cerco do mercado para bancar o rentismo. Guerra h&iacute;brida da extrema direita. Agora, a mil&iacute;cia virtual vai inventar todo tipo de fake news. Como fez com o Pix.

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CARESTIA FORJADA 
A imensa maioria da popula&ccedil;&atilde;o, desorientada por fake news, tende a achar que o governo &eacute; culpado pelos altos pre&ccedil;os dos alimentos. O aumento da Selic vai ser prato cheio para a mil&iacute;cia virtual, principalmente por Gal&iacute;polo, presidente do BC, ter sido indicado por Lula. &Eacute; o primeiro grande desafio da nova comunica&ccedil;&atilde;o: mostrar &agrave; sociedade que carestia &eacute; jogo sujo do mercado.

 
REQUER ATITUDE 
Claro que com Trump na presid&ecirc;ncia dos EUA, a democracia social no Brasil vai sofrer duras agress&otilde;es. Negar isto s&oacute; por tolice ou oportunismo. Para enfrentar o projeto ultraliberal fascinazista, personificado em Bolsonaro, &eacute; fundamental manter a economia crescendo, baixar logo os pre&ccedil;os dos alimentos, punir com firmeza as fake news e investir na mobiliza&ccedil;&atilde;o popular.

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REFOR&Ccedil;AR DEFESA 
Os horrores de Trump at&eacute; mesmo nos EUA, com persegui&ccedil;&atilde;o a general, demiss&atilde;o de procuradores e amea&ccedil;as a prefeitos, comprovam a necessidade de o Brasil e demais pa&iacute;ses latinos com governos progressistas se prepararem e unificarem, pois o subcontinente ser&aacute; um dos principais alvos das agress&otilde;es insanas do imperialismo em desespero, diante do ocaso inevit&aacute;vel.

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NOVO PARADIGMA 
O Brics &eacute; a &uacute;nica alternativa capaz de encarar e derrotar o projeto fascinazista de Trump, Milei, Bolsonaro e outros fac&iacute;noras, que usam a democracia para tentar impor a autocracia plutocr&aacute;tica. Se a multipolaridade causa fissura no poder imperial, a desdolariza&ccedil;&atilde;o &eacute; a senten&ccedil;a de morte da hegemonia econ&ocirc;mica, pol&iacute;tica e cultural dos EUA e UE sobre o mundo. Tudo acaba. 
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Por Rogaciano Medeiros

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QUE TRISTEZA

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O Brasil - Lula hesitava em participar at&eacute; mesmo de forma virtual - tamb&eacute;m tem culpa na suspens&atilde;o da reuni&atilde;o da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que aconteceria amanh&atilde;, em Honduras, a fim de debater meios para proteger o subcontinente das agress&otilde;es de Trump, al&eacute;m da crise clim&aacute;tica. Perde a resist&ecirc;ncia ao imperialismo ultraliberal e fascinazista.

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MENOR CHANCE

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A irracionalidade que move a extrema direita n&atilde;o permite ilus&atilde;o sobre a possibilidade de rela&ccedil;&otilde;es civilizadas, diplom&aacute;ticas, com o governo Trump. Quem n&atilde;o se dobrar aos ditames dos EUA ser&aacute; retaliado como inimigo. N&atilde;o h&aacute; meio termo. &Eacute; o mesmo engano das elites nativas, que imaginaram poder civilizar Bolsonaro e infelicitaram o Brasil por quatro doloridos anos.

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COMO SUPERNOVA

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O decl&iacute;nio do imperialismo dos EUA e UE assemelha-se a uma supernova que, no ocaso, explode destruindo tudo o que estiver ao seu alcance. &Agrave; medida que o Brics avan&ccedil;ar na constru&ccedil;&atilde;o de um mundo multipolar, na inevit&aacute;vel desdolariza&ccedil;&atilde;o, a ira e as agress&otilde;es imperiais se intensificar&atilde;o.

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DOIS CAMINHOS

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A Hist&oacute;ria da humanidade tem momentos decisivos para o aperfei&ccedil;oamento da esp&eacute;cie na vida em sociedade, para o avan&ccedil;o da civilidade. O mundo atual atravessa uma destas fases c&iacute;clicas. A conjuntura internacional s&oacute; oferece dois caminhos: submiss&atilde;o ao imperialismo (EUA e UE) ou multipolaridade, autodetermina&ccedil;&atilde;o dos povos. A omiss&atilde;o s&oacute; favorece a tirania ultraliberal.

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BEM APROPRIADO

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&ldquo;Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E n&atilde;o dizemos nada. Na segunda noite, j&aacute; n&atilde;o se escondem; pisam as flores, matam nosso c&atilde;o, e n&atilde;o dizemos nada. At&eacute; que um dia, o mais fr&aacute;gil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta&rdquo;. No Caminho, com Maiak&oacute;viski, do poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa.

Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

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DUPLO LAMENTO 
Ao minimizar o valor da mobiliza&ccedil;&atilde;o da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos por uma resist&ecirc;ncia organizada no subcontinente para encarar as agress&otilde;es de Trump, a diplomacia brasileira refor&ccedil;a as acusa&ccedil;&otilde;es de sempre se dobrar aos interesses dos EUA. T&atilde;o lament&aacute;vel quanto a hesita&ccedil;&atilde;o de Lula em participar da reuni&atilde;o da Celac, quinta-feira.

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DEVERIA IR 
Diante da escalada global da extrema direita, com graves amea&ccedil;as aos pa&iacute;ses do capitalismo perif&eacute;rico, como Brasil, n&atilde;o parece boa ideia a aus&ecirc;ncia do presidente brasileiro na reuni&atilde;o da Celac, quinta-feira, em Honduras. Inclusive, &eacute; importante a participa&ccedil;&atilde;o presencial, n&atilde;o virtual. Toda forma de resist&ecirc;ncia ao fascinazismo trumpista vale a pena. Amplia, fortalece o movimento.&nbsp;

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SEM ILUS&Atilde;O 
&Eacute; claro n&atilde;o ser recomend&aacute;vel desafiar os EUA, mas tamb&eacute;m n&atilde;o h&aacute; como garantir que, ao assumir posi&ccedil;&otilde;es de concilia&ccedil;&atilde;o, as for&ccedil;as progressistas brasileiras possam obter em troca um comportamento minimamente decente do governo Trump nas elei&ccedil;&otilde;es de 2026. Pelo contr&aacute;rio, vai fazer de tudo para tentar tirar a democracia social do poder no Brasil. Sem escr&uacute;pulo.

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SEGUIR&Aacute; FIRME 
Em pouqu&iacute;ssimo tempo de governo - assumiu dia 20 passado - Trump j&aacute; fez amea&ccedil;as de san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas, taxa&ccedil;&otilde;es e outras agress&otilde;es contra tr&ecirc;s gigantes do Brics: China, R&uacute;ssia e Brasil. Puro desespero, pois o bloco continuar&aacute; firme rumo &agrave; desdolariza&ccedil;&atilde;o, mortal para os EUA, e afirma&ccedil;&atilde;o da multipolaridade, centrada na autodetermina&ccedil;&atilde;o dos povos. Mundo melhor.

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MACROS SINAIS 
Fatos como a supremacia do deepSeek chin&ecirc;s sobre a IA (Intelig&ecirc;ncia Artificial) estadunidense, o fortalecimento cada vez maior do Brics, a inevit&aacute;vel desdolariza&ccedil;&atilde;o, o crescimento da resist&ecirc;ncia ao imperialismo no mundo, cansado de tantas atrocidades dos EUA e da UE, s&atilde;o sinais macros da mudan&ccedil;a do centro do poder global do Ocidente para o Oriente. &Eacute; c&iacute;clico. 
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Por Rogaciano Medeiros

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LATIDOS IMPERIAIS 
&Eacute; uma rela&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;a inversamente proporcional. &Agrave; medida que o Brics, iniciado com Brasil, R&uacute;ssia, &Iacute;ndia, China e &Aacute;frica do Sul, hoje com 11 pa&iacute;ses e mais 19 pedidos em an&aacute;lise, cresce e expande, o poder dos EUA diminui no mundo todo. A desdolariza&ccedil;&atilde;o &eacute; mortal para a hegemonia norte-americana. Da&iacute; os latidos de Trump e demais c&atilde;es de guarda do imp&eacute;rio.

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PLENO DECL&Iacute;NIO&nbsp; 
A viol&ecirc;ncia, a brutalidade, como na deporta&ccedil;&atilde;o dos imigrantes, nos primeiros dias do governo Trump, comprovam o desespero do imperialismo. Sem conseguir evitar o decl&iacute;nio, parte para a ignor&acirc;ncia, caminho que s&oacute; faz consolidar a derrocada. A queda n&atilde;o ocorre da noite para o dia, por&eacute;m a influ&ecirc;ncia dos EUA no mundo &eacute; cada vez menor. E vai diminuir mais.

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NEWTON EXPLICA 
As amea&ccedil;as, as bravatas de Trump, Musk e asseclas contra as na&ccedil;&otilde;es e lideran&ccedil;as globais que n&atilde;o se submeterem aos ditames dos EUA, n&atilde;o levam em conta a terceira Lei de Newton, segundo a qual a cada a&ccedil;&atilde;o corresponde uma rea&ccedil;&atilde;o de igual intensidade. Isto na f&iacute;sica, porque na pol&iacute;tica, &agrave;s vezes o contra-ataque &eacute; bem mais intenso do que o ataque. O Brics n&atilde;o se render&aacute;.

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RESIST&Ecirc;NCIA LATINA 
A posi&ccedil;&atilde;o do governo colombiano, de n&atilde;o autorizar pouso de aeronaves com deportados vindos dos EUA, e a mobiliza&ccedil;&atilde;o na Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) mostram a unifica&ccedil;&atilde;o de for&ccedil;as j&aacute; em forma&ccedil;&atilde;o no subcontinente, para enfrentar as agress&otilde;es de Trump. O Brasil precisa adotar atitude de altivez, se quiser protagonizar a resist&ecirc;ncia.

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PREOCUPA, SIM 
As recentes posi&ccedil;&otilde;es vacilantes da diplomacia brasileira, ao atacar a elei&ccedil;&atilde;o venezuelana e vetar a entrada da Venezuela no Brics, a fim de n&atilde;o melindrar o mercado, leia-se o imperialismo (EUA e UE), causam preocupa&ccedil;&atilde;o, pela capacidade do pa&iacute;s de influir na resist&ecirc;ncia ao fascinazismo de Trump na Am&eacute;rica Latina e no mundo. &nbsp;O momento n&atilde;o &eacute; de ficar em cima do muro. 
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Por Rogaciano Medeiros

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SER&Aacute; DETERMINANTE 
Se, como preveem os analistas, e realmente deve acontecer, a Am&eacute;rica Latina se tornar o primeiro alvo, o mais atacado, na tentativa de Trump de &ldquo;fazer os EUA gigante novamente&rdquo;, o Brasil jogar&aacute; papel ainda mais decisivo na luta de resist&ecirc;ncia e na preval&ecirc;ncia, no subcontinente, da concep&ccedil;&atilde;o do Brics de multipolaridade. Para tanto, ter&aacute; de rever conceitos na diplomacia.

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DEVE BARBARIZAR 
&Eacute; &oacute;bvio que, como representante da extrema direita global, do fascinazismo ultraliberal, Trump vai infernizar a vida de muitos pa&iacute;ses e de muita gente, no desespero para conter o decl&iacute;nio vis&iacute;vel e cada vez mais acelerado do imperialismo que os EUA comandam desde o fim da II Guerra. E n&atilde;o hesitar&aacute; em recorrer aos m&eacute;todos mais esp&uacute;rios. &Eacute; da natureza imperial.

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INEVIT&Aacute;VEL, CLARO 
S&atilde;o duas concep&ccedil;&otilde;es de mundo completamente opostas. De um lado os EUA, no desespero para frear a decad&ecirc;ncia do imperialismo, e do outro o Brics, no esfor&ccedil;o, com &ecirc;xito at&eacute; agora, de constru&ccedil;&atilde;o da multipolaridade, o que implica, inevitavelmente, na desdolariza&ccedil;&atilde;o. Mais cedo ou mais tarde entrar&atilde;o em choque, portanto &eacute; melhor se preparar. D&oacute;i menos.

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RESIST&Ecirc;NCIA LATINA 
A declara&ccedil;&atilde;o do embaixador Andr&eacute; Corr&ecirc;a do Lago, presidente da COP30, a confer&ecirc;ncia clim&aacute;tica mundial que acontece em novembro, no Par&aacute;, que apontou&nbsp;a China como &ldquo;parceira natural do Brasil&rdquo; diante da sa&iacute;da dos EUA do Acordo de Paris, &eacute; mais uma evid&ecirc;ncia de que Trump n&atilde;o encontrar&aacute; moleza na tentativa insana de subjugar outros pa&iacute;ses, inclusive latinos. Haver&aacute; resist&ecirc;ncia no mundo todo.&nbsp;

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EVIDENTES SINAIS 
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, tem toda raz&atilde;o ao criticar a m&iacute;dia corporativa por n&atilde;o dar a devida aten&ccedil;&atilde;o &agrave; queda do d&oacute;lar, hoje em R$ 5,90, e tamb&eacute;m ao dizer que agora fica provado a manobra especulativa ocorrida em novembro e dezembro do ano passado, quando o Bando Central ainda era presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto e a cota&ccedil;&atilde;o chegou a superar os R$ 6,30. Foi sabotagem, sim.&nbsp; 
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Por Rogaciano Medeiros

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PRINCIPAL SUSPEITO 
Se investigar, identifica f&aacute;cil a digital do agroneg&oacute;cio - fra&ccedil;&otilde;es, claro - nas tramas para aumentar o custo de vida, a fim de sabotar o governo e elevar os lucros. O agro &eacute; &ldquo;tech&rdquo;, mas nunca foi &ldquo;pop&rdquo;, pois representa a velha oligarquia rural, o setor mais reacion&aacute;rio da sociedade, que tem horror a povo, n&atilde;o gosta do Brasil e mais encarna o &ldquo;complexo de vira-lata&rdquo;.&nbsp;

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BEM NEVR&Aacute;LGICOS 
A redu&ccedil;&atilde;o dos pre&ccedil;os dos alimentos, realmente &ldquo;pela hora da morte&rdquo;, consequ&ecirc;ncia evidente de sabotagem, como no caso dos aumentos no caf&eacute;, que o deputado distrital (DF) Chico Vigilante (PT) acaba de desmascarar, combinada com um al&iacute;vio na inseguran&ccedil;a p&uacute;blica, s&atilde;o dois pontos que se o governo conseguir &ecirc;xito a democracia social chega com sobras em 2026.

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MESMA MOEDA 
Claro que na Justi&ccedil;a tudo tem de estar devidamente provado, mas n&atilde;o surpreende nem um pouco a not&iacute;cia de que a PF descobriu elo entre as blitze nas estradas do Nordeste, no 2&ordm; turno da elei&ccedil;&atilde;o presidencial de 2022, e o plano golpista. &Oacute;bvio que s&atilde;o &ldquo;dois lados da mesma moeda&rdquo;. Assim como foi a Abin paralela. &nbsp;O governo Bolsonaro tramou golpe o tempo todo.

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ESCAPOLE N&Atilde;O 
A expectativa &eacute; logo ap&oacute;s o Carnaval, que este ano cai em mar&ccedil;o - Quarta de Cinzas &eacute; dia 5 - a PGR apresentar den&uacute;ncia contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. As provas contra ele s&atilde;o devastadoras. A tramita&ccedil;&atilde;o tem obedecido rigorosamente o devido processo legal, a condena&ccedil;&atilde;o e a cadeia parecem inevit&aacute;veis. Bem prov&aacute;vel, ainda em 2025. Quem viver, ver&aacute;.

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MENSAGEM PAPAL 
O apelo do Papa Francisco aos l&iacute;deres do F&oacute;rum Econ&ocirc;mico Mundial, em Davos, Su&iacute;&ccedil;a, para que tenham todo cuidado poss&iacute;vel com a Intelig&ecirc;ncia Artificial, para n&atilde;o agravar o que chamou de &ldquo;crise da verdade&rdquo;, exp&otilde;e o drama de bilh&otilde;es de pessoas que vivem sob as democracias liberais, como o Brasil, onde ultimamente as vers&otilde;es (fake news) valem mais do que os fatos. 
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Por Rogaciano Medeiros

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MEROS PENETRAS 
O fato de Michelle, Eduardo Bolsonaro e mais 20 parlamentares da extrema direita nativa, verdadeiros lambe-botas do imp&eacute;rio, terem sido barrados na posse de Trump, comprova que eles n&atilde;o foram oficialmente convidados, como bradavam, e reafirma o acerto do STF ao n&atilde;o liberar o passaporte de Bolsonaro para ir &agrave; cerim&ocirc;nia. Tamb&eacute;m refor&ccedil;a a suspeita de plano de fuga.

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SERVI&Ccedil;AIS CANINOS 
O acesso negado &agrave; caterva bolsonarista para participar da posse de Trump, no Capit&oacute;lio, deixa evidente que o imp&eacute;rio os considera lacaios de terceira categoria, embora deva us&aacute;-los para servi&ccedil;os sujos de interesse da extrema direita global no Brasil e na Am&eacute;rica Latina. Meros c&atilde;es de guarda do imp&eacute;rio, mantidos longe da casa grande, ou melhor, da Casa Branca.

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VIRALATISMO RAIZ 
A atitude do governador de S&atilde;o Paulo, Tarc&iacute;sio de Freitas (Republicanos), de aparecer em p&uacute;blico usando o chap&eacute;u da campanha de Trump, com a frase Make America Great Again (Torne a Am&eacute;rica Grande Novamente), dimensiona o grau de submiss&atilde;o da extrema direita nativa ao imp&eacute;rio e ajuda a explicar a voca&ccedil;&atilde;o entreguista, o &ldquo;complexo de vira-lata&rdquo; das elites.&nbsp;

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ALIAN&Ccedil;A RACISTA 
Merece reprodu&ccedil;&atilde;o, postagem do jornalista Breno Altman na Internet: &quot;O sil&ecirc;ncio de entidades sionistas acerca da sauda&ccedil;&atilde;o hitleriana de Elon Musk simboliza conflu&ecirc;ncia entre nazismo e sionismo. Essas doutrinas nunca foram efetivamente contrapostas. Sionismo n&atilde;o &eacute; sobre enfrentar nazismo ou antissemitismo, mas sobre criar um Estado racista judaico&quot;. No alvo.

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VAI APODRECER 
Como s&atilde;o projetos pol&iacute;ticos diametralmente opostos, a trag&eacute;dia Trump vai fazer de tudo para sabotar e boicotar a democracia social pilotada por Lula no Brasil e deve causar muitos preju&iacute;zos aos brasileiros. Mas, dificilmente conseguir&aacute; reverter a inelegibilidade de Bolsonaro ou livr&aacute;-lo da cadeia. Vai deix&aacute;-lo apodrecer e apostar em outro lacaio nativo. Nomes n&atilde;o faltam. 
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Por Rogaciano Medeiros

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&Eacute; IMANENTE 
A ofensividade de Trump no discurso de posse s&oacute; faz reafirmar tudo que j&aacute; se esperava, pelo menos no Brasil, ou seja, que os EUA v&atilde;o intensificar ainda mais os ataques contra todos pa&iacute;ses, grupos e movimentos que n&atilde;o se submetam aos ditames estadunidenses. A extrema direita imperial odeia a diversidade, o contradit&oacute;rio. &Eacute; da natureza do ultraliberalismo fascinazista.

 
AFIRMA&Ccedil;&Atilde;O BRICS 
O cen&aacute;rio t&atilde;o aterrador previsto por Trump para o planeta, tipo se n&atilde;o &eacute; dos nossos tem de ser eliminado, bem ao estilo fascinazista, multiplica a responsabilidade do Brics na afirma&ccedil;&atilde;o e constru&ccedil;&atilde;o de um mundo multipolar, centrado no respeito &agrave; autodetermina&ccedil;&atilde;o dos povos. &Eacute; por a&iacute;, na geopol&iacute;tica contra-hegem&ocirc;nica ao imperialismo. Ainda bem. &nbsp;

 
PURA PRESEPADA 
Claro que n&atilde;o passa de bravata, a promessa de Trump de fazer os EUA retornarem &agrave; &ldquo;era de ouro&rdquo;. Primeiro porque a conjuntura global aponta justamente para mais dificuldades, com aparente decl&iacute;nio do imp&eacute;rio, e segundo a quest&atilde;o do prazo. Improv&aacute;vel em apenas quatro anos alcan&ccedil;ar feito t&atilde;o dif&iacute;cil. O complexo de grandeza &eacute; pr&oacute;prio da autocracia.&nbsp;

 
AN&Aacute;LISE COERENTE 
Certeiro, o artigo do jornalista Lu&iacute;s Nassif, do GGN, no qual ele aponta os riscos da doutrina de Trump, centrada no que chamou de &ldquo;tudo para os EUA&rdquo;. Traduzindo, protecionismo radical, domina&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica e enfraquecimento das rela&ccedil;&otilde;es multilaterais, na tentativa desesperada de isolar a China. Vale acrescentar ataques ao Brics.&nbsp;

 
DELONGOU DEMAIS 
Demorou, o governo entender a necessidade de concentrar esfor&ccedil;os e priorizar a baixa dos pre&ccedil;os dos alimentos, como promete Lula agora, para este ano. Tomara que tenha &ecirc;xito. A carestia na alimenta&ccedil;&atilde;o s&oacute; faz engordar as fake news da extrema direita que tanto desnorteiam a sociedade, inclusive escondendo a responsabilidade criminosa do agroneg&oacute;cio. 
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Por Rogaciano Medeiros

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ANTES FOSSE 
O problema n&atilde;o se resume &agrave; comunica&ccedil;&atilde;o do governo. Antes fosse s&oacute; isto. O ponto nevr&aacute;lgico reside na pol&iacute;tica, porque o sistema, o establishment, e a&iacute; se inclui boa parte da direita dita liberal, &eacute; permissivo com as fake news, que tanto mal fazem &agrave; democracia, &agrave; Rep&uacute;blica, &agrave; cidadania. Se houvesse um esfor&ccedil;o concentrado, j&aacute; teria neutralizado a mil&iacute;cia virtual.

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BEM ASSUTADOR&nbsp; 
As elites e a m&iacute;dia corporativa sempre recorreram a not&iacute;cias falsas para fins econ&ocirc;micos, financeiros, pol&iacute;ticos e eleitoreiros. Mas, a partir da escalada da extrema direita no mundo, no Brasil com Bolsonaro, a situa&ccedil;&atilde;o chegou ao ponto de p&ocirc;r em risco o processo civilizador, pois estabelece a &ldquo;guerra de todos contra todos&rdquo;, como alertava Thomas Hobbes. Fake news &eacute; barb&aacute;rie.

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OFENSIVA LEGAL 
Se n&atilde;o houver um consenso entre influentes setores da sociedade para tipificar criminalmente as fake news, por ofender os mais elementares valores de civilidade, e punir severamente quem produz e propaga, o governo, por mais que realize e mude o comando da comunica&ccedil;&atilde;o, vai continuar v&iacute;tima f&aacute;cil do fascinazismo. O ant&iacute;doto &agrave; mil&iacute;cia virtual &eacute; a lei.

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FRENTE AMPLA 
At&eacute; mesmo por sobreviv&ecirc;ncia pol&iacute;tica, as for&ccedil;as progressistas, para fazer avan&ccedil;ar o projeto de democracia social, que al&eacute;m do voto livre se orienta pela redu&ccedil;&atilde;o das desigualdades, precisam se empenhar na constru&ccedil;&atilde;o de uma ampla frente nacional contra a mil&iacute;cia virtual e as fake news, inclusive com campanhas mostrando que liberdade de express&atilde;o tem limite.

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VAI ATACAR 
Tolice, achar que a extrema direita imperial, fascinazista, v&aacute; jogar limpo com a democracia social. O novo presidente dos EUA, empossado hoje, vai fazer de tudo para tentar derrubar o governo Lula, ao menos nas urnas, em 2026. Os ataques s&atilde;o quest&atilde;o de tempo. &Eacute; &oacute;bvio que ele vai querer fortalecer o comparsa Bolsonaro. S&atilde;o da mesma laia. O Brasil que se cuide. 
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Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

 
PASSOS LARGOS 
Bolsonaro recorreu da decis&atilde;o do STF, baseada em recomenda&ccedil;&atilde;o da PGR, de n&atilde;o liberar o passaporte para ir &agrave; posse de Trump, nos EUA, segunda-feira. Mas, ele sabe muito bem que n&atilde;o conseguir&aacute; reverter e a nega&ccedil;&atilde;o &eacute; um ind&iacute;cio concreto de que a condena&ccedil;&atilde;o e a cadeia se aproximam, a passos largos. Covarde como &eacute;, deve estar morrendo de medo.

 
CRIME TAMB&Eacute;M 
A teia fascinazista se d&aacute; n&atilde;o apenas em tentativas de golpe de Estado e fake news que desorientam a sociedade, mas tamb&eacute;m em declara&ccedil;&otilde;es que passam impunes, como a do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), de que a cidade de Pomerode &ldquo;se destaca pela cor da pele das pessoas&rdquo;. Dias atr&aacute;s, o prefeito de Porto Alegre, Sebasti&atilde;o Melo (MDB), defendeu ditadura.

 
MERECEM PUNI&Ccedil;&Atilde;O 
Inaceit&aacute;vel, um governador fazer apologia ao racismo, abertamente, como fez Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e um prefeito, no caso Sebasti&atilde;o Melo (MDB), de Porto Alegre, defender golpe de Estado. Exercem cargos p&uacute;blicos, n&atilde;o podem promover o crime. A institucionalidade tem obriga&ccedil;&atilde;o de puni-los, para fortalecer o Estado democr&aacute;tico de direito. Se vai punir...

 
ESTILO F&Ecirc;NIX 
A trag&eacute;dia fascinazista tem alcance global, mas cada pa&iacute;s ter&aacute; de encontrar sa&iacute;da pr&oacute;pria para a afirma&ccedil;&atilde;o da democracia, da Rep&uacute;blica e da civilidade. O Brasil, apesar de retrocessos recentes como a Lava Jato, a farsa do impeachment, a pris&atilde;o ilegal de Lula e o governo Bolsonaro, tem conseguido renascer forte das cinzas. Com muito esfor&ccedil;o, a legalidade est&aacute; vencendo.

 
PALESTINA VIVE 
Ap&oacute;s 15 meses de genoc&iacute;dio, com mais de 50 mil civis mortos, a maioria crian&ccedil;as e mulheres, o cessar-fogo em Gaza, que de fato n&atilde;o cessou tanto assim, pois Israel mant&eacute;m ataques espor&aacute;dicos, representa uma vit&oacute;ria da resist&ecirc;ncia do povo palestino, que contou com apoio, ajuda e solidariedade do mundo todo. No Brasil, do governo Lula e dos partidos de esquerda. 
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Por Rogaciano Medeiros

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FICOU PATENTE 
A recomenda&ccedil;&atilde;o da PGR para que o STF n&atilde;o libere o passaporte de Bolsonaro para comparecer &agrave; posse de Trump, nos EUA, deixa patente que o ex-presidente ser&aacute; mesmo denunciado por liderar conspira&ccedil;&otilde;es para golpe de Estado. As provas s&atilde;o contundentes e tudo aponta para a condena&ccedil;&atilde;o e pris&atilde;o. Ser&aacute; um avan&ccedil;o &agrave; plenitude do Estado democr&aacute;tico de direito.

 
MENTIRA AFOGA 
Como s&oacute; se informam pelas fake news da mil&iacute;cia virtual, os bolsonaristas vivem um mundo completamente alheio &agrave; realidade. Batem no peito que Trump vai livrar Bolsonaro da cadeia - como s&atilde;o tolos! - e agora inventaram que o presidente eleito dos EUA mandou um jatinho buscar o comparsa brasileiro para a posse. &Agrave;s vezes, o mentiroso se afoga na pr&oacute;pria mentira.

 
BEIRA CUMPLICIDADE 
Vergonhosa, a omiss&atilde;o do Conselho de &Eacute;tica da C&acirc;mara perante condutas indecorosas de muitos parlamentares, como agora, no caso das fake news de Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre taxa&ccedil;&atilde;o do Pix. Um deputado recorrer &agrave; desinforma&ccedil;&atilde;o para enganar o povo &eacute; um crime grav&iacute;ssimo, pois ofende o conceito legislativo no &acirc;mago. &Eacute; a nega&ccedil;&atilde;o do Parlamento, da democracia.

 
VALE MULTIPLICAR 
Para quem acredita no Estado democr&aacute;tico de direito, prefere os fatos em vez das vers&otilde;es e sabe que as fake news atrofiam a civilidade, merece aplausos a atitude do grupo de advogados Prerrogativas, de representar contra o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) no MPF e no Conselho de &Eacute;tica da C&acirc;mara. &Eacute; importante que outras pessoas f&iacute;sicas e jur&iacute;dicas fa&ccedil;am o mesmo.

 
&Eacute; ANTICIVILIZADOR 
A escalada, em n&iacute;vel global, do projeto ultraliberal fascinazista, que gerou Trump, Bolsonaro, Milei e outras excresc&ecirc;ncias, se sustenta no est&iacute;mulo ao que h&aacute; de pior no ser humano, como ego&iacute;smo, intoler&acirc;ncia, &oacute;dio, falso moralismo e, para piorar, a mentira como valor universal. &Eacute; a degenera&ccedil;&atilde;o do capitalismo em grau de barb&aacute;rie. Grave amea&ccedil;a ao processo civilizador.&nbsp; 
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Por Rogaciano Medeiros

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DEVER LEGISLATIVO 
Os problemas e preju&iacute;zos causados por duas recentes fake news espalhadas criminosamente por bolsonaristas, inclusive parlamentares, de que o governo vai taxar o Pix e os carros com mais de 20 anos de uso, colocam o Parlamento na obriga&ccedil;&atilde;o constitucional, republicana, &eacute;tica, de aprovar com urg&ecirc;ncia o projeto que pune quem promove a desinforma&ccedil;&atilde;o. Ningu&eacute;m aguenta mais.

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T&Ecirc;M OBRIGA&Ccedil;&Atilde;O 
O maior compromisso que os futuros presidentes da C&acirc;mara e do Senado, tudo indica o deputado Hugo Motta (PR-PB) e o senador Davi Alcolumbre (UB-AP), podem assumir com o Brasil e os brasileiros, &eacute; o empenho na aprova&ccedil;&atilde;o do projeto que prev&ecirc; puni&ccedil;&otilde;es contra quem inventa, financia e espalha fake news, pois agridem a democracia, atrofiam a civilidade.

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VESTIRAM CARAPU&Ccedil;A 
O governo foi in&aacute;bil ao anunciar, n&atilde;o taxa&ccedil;&atilde;o, mas sim monitoramento de opera&ccedil;&otilde;es via Pix a partir de R$ 5 mil por m&ecirc;s para pessoa f&iacute;sica e R$ 15 mil para pessoa jur&iacute;dica, pois disp&otilde;e de meios legais para faz&ecirc;-lo sem baixar nenhuma norma. Mas, s&oacute; tem medo e se op&otilde;e &agrave; medida quem est&aacute; metido em atos criminosos. Os bolsonaristas odiaram. &ldquo;Quem n&atilde;o deve, n&atilde;o teme&rdquo;.

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REQUER APURA&Ccedil;&Atilde;O 
O ato falho do governador de Santa Catarina, bolsonarista Jorginho Mello, de que Bolsonaro conversa frequentemente com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, apesar das restri&ccedil;&otilde;es impostas pelo STF, precisa ser investigado pois, se confirmados os contatos, o caso requer pris&atilde;o preventiva do ex-presidente, que j&aacute; deveria estar na cadeia h&aacute; muito tempo.

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N&Atilde;O BASTA 
Seja ou n&atilde;o retalia&ccedil;&atilde;o contra Trump, que assume na segunda-feira, o fato &eacute; que a decis&atilde;o de Biden de retirar Cuba da rela&ccedil;&atilde;o de financiadores do terrorismo corrige uma injusti&ccedil;a hist&oacute;rica. Mais do que isto, os EUA deveriam tamb&eacute;m acabar com o bloqueio, que por d&eacute;cadas tem causado tanto sofrimento ao povo cubano, pelo simples fato de exercer a autodetermina&ccedil;&atilde;o. 
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Por Rogaciano Medeiros 

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IMP&Otilde;E PUNI&Ccedil;&Atilde;O 
A sobreviv&ecirc;ncia e a evolu&ccedil;&atilde;o do Estado democr&aacute;tico de direito imp&otilde;em m&aacute;ximo rigor na preven&ccedil;&atilde;o e combate &agrave;s fake news, pelo enorme mal que causa &agrave; institucionalidade, &agrave; constru&ccedil;&atilde;o da cidadania, &agrave; Hist&oacute;ria e &agrave; economia nacional, ao er&aacute;rio. Agora mesmo, o boato de que o Pix foi taxado vai obrigar o governo a gastar milh&otilde;es com campanhas de esclarecimento. Tem de punir.

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GRANDE TESTE 
O publicit&aacute;rio Sid&ocirc;nio Palmeira, que oficiosamente j&aacute; vinha dando as cartas na Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica e foi empossado hoje pelo presidente Lula, tem como teste de estreia a tarefa de desmascarar a criminosa fake news da extrema direita, de que o governo taxou o Pix, a qual tem causado graves preju&iacute;zos &agrave; economia e a muitos brasileiros.

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TEM HIST&Oacute;RIA 
Solu&ccedil;&atilde;o m&aacute;gica n&atilde;o existe, mas com Sid&ocirc;nio Palmeira na Comunica&ccedil;&atilde;o, o governo tem tudo para, pelo menos, reduzir bem os efeitos danosos das fake news sobre o conjunto da sociedade. N&atilde;o se trata de ele ser mais competente do que o antecessor, Paulo Pimenta, mas porque &eacute; do ramo, com campanhas exitosas na Bahia, nas elei&ccedil;&otilde;es e governos de Wagner e Rui Costa.

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MAUS LEN&Ccedil;&Oacute;IS 
Uma poss&iacute;vel libera&ccedil;&atilde;o do passaporte de Bolsonaro para ir &agrave; posse de Trump, nos EUA, deixa o STF em sinuca de bico. Ineleg&iacute;vel pelo TSE, indiciado pela PF por roubo de joias da Uni&atilde;o e prestes a ser denunciado pela PGR por conspira&ccedil;&otilde;es para golpe de Estado, o ex-presidente tem tudo para ser preso. As provas s&atilde;o contundentes. Se ele fugir, o Supremo fica em maus len&ccedil;&oacute;is.

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EXCELENTE TEMA 
A declara&ccedil;&atilde;o do presidente venezuelano, Nicol&aacute;s Maduro, de que &ldquo;a China n&atilde;o tem ambi&ccedil;&otilde;es imperialistas nem colonialistas&rdquo;, p&otilde;e em debate um tema que tem mobilizado estudiosos e pesquisadores, internacionalmente, inclusive no Brasil e na Bahia. &Eacute; poss&iacute;vel uma superpot&ecirc;ncia exercer a hegemonia econ&ocirc;mica e pol&iacute;tica sem afetar a autodetermina&ccedil;&atilde;o dos povos?

Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

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TERRA REDONDA 
A escalada fascinazista e ultraliberal no tal &ldquo;mundo civilizado&rdquo;, t&atilde;o bestial e violento quanto nos prim&oacute;rdios, a ascens&atilde;o da extrema direita nos EUA com Trump e tamb&eacute;m na Europa, p&otilde;em o Ocidente em um retrocesso preocupante e assustador, pois segue na contram&atilde;o da civilidade. Pode acelerar o deslocamento do eixo do poder global para o Oriente. A terra &eacute; redonda, gira.

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FUNDO APARECE 
A presen&ccedil;a apenas da embaixadora brasileira em Caracas, Gilv&acirc;nia Oliveira, na posse do presidente Maduro, na Venezuela, revela uma atitude radical do Brasil, evidentemente para n&atilde;o melindrar o mercado, leia-se EUA e UE, ou seja, o imperialismo. A sabedoria popular recomenda &ldquo;n&atilde;o futucar a on&ccedil;a com vara curta&rdquo;, mas tamb&eacute;m diz: &ldquo;Quem muito se abaixa, o fundo aparece&rdquo;.

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HIST&Oacute;RIA PUNE 
Em um mundo polarizado entre a insanidade ultraliberal e fascinazista dos EUA, UE, Trump, Milei, Le Pen, Bolsonaro e outros est&uacute;pidos de um lado e do outro o projeto do Brics de multipolaridade e respeito &agrave; autodetermina&ccedil;&atilde;o dos povos, o Brasil ter&aacute; de se posicionar, mais cedo ou mais tarde. N&atilde;o d&aacute; para ficar em cima do muro o tempo todo. A Hist&oacute;ria pune, inexoravelmente.

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SE ACONTECER... 
O jurista Ant&ocirc;nio Carlos de Almeida Castro, Kakai, garantista s&eacute;rio e competente, diz que os l&iacute;deres das conspira&ccedil;&otilde;es golpistas devem pegar, pelo menos, 25 anos de cadeia. Se isto acontecer, o Brasil vira a p&aacute;gina da tradi&ccedil;&atilde;o golpista das elites de ruptura institucional, atropelo &agrave; democracia, toda vez que um projeto popular est&aacute; pr&oacute;ximo ou conquista o poder central.&nbsp;

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VIDA REPUBLICANA 
A firmeza como o sistema de justi&ccedil;a tem conduzido as investiga&ccedil;&otilde;es do plano para golpe de Estado, incluindo os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, mais a prov&aacute;vel pris&atilde;o dos culpados, d&aacute; esperan&ccedil;a &agrave; sociedade de o Brasil experimentar concretamente a vida republicana, 135 anos depois da tal proclama&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica de 1889, que inaugurou o ciclo golpista das elites.&nbsp; 
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Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

 
PARA ESCONDER 
Agro, express&atilde;o que remete &agrave; natureza, &eacute; uma jogada de marketing para esconder a face criminosa da oligarquia rural, dos grandes propriet&aacute;rios de terra, herdeiros das capitanias heredit&aacute;rias, respons&aacute;veis pela escravid&atilde;o, por milhares de assassinatos no campo, enquanto sistema financeiro &eacute; nome artificial para disfar&ccedil;ar a usura dos banqueiros e a agiotagem oficializada.

 
N&Atilde;O SURPREENDE 
As investiga&ccedil;&otilde;es da PF t&ecirc;m comprovado, e v&atilde;o comprovar ainda mais, a predomin&acirc;ncia do agro e do rentismo nas conspira&ccedil;&otilde;es para golpe de Estado, tanto nos bloqueios de estradas e ocupa&ccedil;&otilde;es de quart&eacute;is, como nos atos terroristas contra os Tr&ecirc;s Poderes, em 8 de janeiro de 2023. Dois segmentos altamente reacion&aacute;rios: a oligarquia rural e o sistema financeiro.

 
SEMPRE GOLPISTAS 
A Hist&oacute;ria comprova. Todos os golpes ocorridos no Brasil, sejam de Estado, econ&ocirc;mico, social, enfim de qualquer natureza, t&ecirc;m como principais protagonistas os latifundi&aacute;rios e os banqueiros. A come&ccedil;ar pela proclama&ccedil;&atilde;o da Rep&uacute;blica, depois a ditadura de 1964, o FGTS, o Plano Cruzado, a Lava Jato, o impeachment de Dilma, a pris&atilde;o ilegal de Lula e tantos outros.

 
REGULA&Ccedil;&Atilde;O LOGO 
Diante dos &uacute;ltimos acontecimentos sobre o plano de organiza&ccedil;&otilde;es virtuais para violar a soberania e saquear a riqueza das na&ccedil;&otilde;es, fica mais uma vez evidente a necessidade de regula&ccedil;&atilde;o imediata das big techs, no Brasil e no mundo. Sen&atilde;o as mil&iacute;cias virtuais, as fake news da extrema direita, destruir&atilde;o definitivamente a democracia e o pouco que ainda h&aacute; de civilidade. &Eacute; s&eacute;rio.

 
TIPO PLUTOCRACIA 
O discurso falacioso das big techs de defesa da liberdade de express&atilde;o escamoteia projeto de poder da extrema direita, em n&iacute;vel global, de orienta&ccedil;&atilde;o ultraliberal e fascinazista, que tenta usar a democracia para implantar um regime desp&oacute;tico, no qual os recursos naturais, a riqueza da terra, sejam privil&eacute;gios de uma minoria &ldquo;iluminada&rdquo; cada vez menor.&nbsp;

Por Rogaciano Medeiros&nbsp;

 
EM CONSOLIDA&Ccedil;&Atilde;O 
O Abra&ccedil;o &agrave; democracia, realizado ontem em Bras&iacute;lia, com as presen&ccedil;as de Lula e comandantes militares, al&eacute;m dos atos cong&ecirc;neres em diversas outras cidades, ajudam, e muito, a pavimentar o caminho brasileiro rumo &agrave; consolida&ccedil;&atilde;o e aperfei&ccedil;oamento do Estado democr&aacute;tico de direito, vital &agrave; supera&ccedil;&atilde;o do velho v&iacute;cio golpista das elites. Evoluindo na adversidade.

 
BRASIL PRIMEIRO&nbsp; 
Na realidade, nada justifica as aus&ecirc;ncias dos presidentes da C&acirc;mara, Arthur Lira (PP-AL), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do STF, Roberto Barroso, no Abra&ccedil;o &agrave; Democracia, ontem, em Bras&iacute;lia, para marcar a vit&oacute;ria da legalidade sobre a conspira&ccedil;&atilde;o golpista do 8 de janeiro de 2023. Nenhuma outra agenda poderia estar acima do compromisso com o Brasil. Vacilaram.

 
EXIGE CUIDADOS 
&ldquo;Todos n&oacute;s ach&aacute;vamos que o golpismo, este novo populismo digital extremista, tinha se dado por vencido. E n&oacute;s erramos. N&atilde;o estava vencido e n&atilde;o est&aacute; vencido. 8 de janeiro demonstrou. Houve uma tentativa de golpe filmada pelos pr&oacute;prios golpistas&quot;. A declara&ccedil;&atilde;o do ministro Alexandre de Moraes, do STF, exp&otilde;e a delicada realidade brasileira. Todo cuidado &eacute; pouco.

 
MAIOR EXPECTATIVA 
Se, como dizem, e tudo indica que sim, o relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal sobre o plano golpista, inclusive com os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes, ser&aacute; avassalador, ent&atilde;o o PGR Paulo Gonet ter&aacute; plenas condi&ccedil;&otilde;es de fazer uma den&uacute;ncia contundente e bem fundamentada contra Bolsonaro, generais e outros asseclas que tentaram se manter no poder pela via da for&ccedil;a.

 
SEM ESCAPAT&Oacute;RIA 
Principalmente no capitalismo tardio, como o Brasil, nenhum arranjo para salva as elites est&aacute; fora de cogita&ccedil;&atilde;o. Mas, as provas abundantes e concretas levantadas pela PF n&atilde;o deixam outra sa&iacute;da para o sistema de justi&ccedil;a sen&atilde;o a condena&ccedil;&atilde;o e pris&atilde;o de Bolsonaro e auxiliares por tentativa de golpe de Estado. Tornou-se um imperativo legal, &eacute;tico, enfim, republicano. 
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COLUNA SAQUE

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