COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
PÉSSIMO MOMENTO
Perante um mundo infernizado pela escalada da extrema direita e do fascinazismo, quando o imperialismo (EUA e UE) atinge nível de inumanidade nunca visto, a morte do argentino Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, não poderia ocorrer em momento pior. Era um sopro de esperança à condição humana. Que o Vaticano tenha inspiração cristã na nova escolha.
HUMANIDADE PERDE
Francisco sim, foi um “Papa pop”. Em 12 anos de papado - eleito em 13 de março de 2013 -, reproduziu a vontade de Jesus Cristo na terra. Esteve ao lado dos que sofrem, dos despossuídos, dos perseguidos, combateu com firmeza a pobreza, o preconceito e o etnocentrismo. Enfrentou os poderosos. Uma grande perda para a humanidade, em uma conjuntura global turbulenta.
RÉUS FASCINAZISTAS
A afirmação do Estado democrático de direito no Brasil, que felizmente tem conseguido prosperar, apesar das sabotagens da extrema direita, completa mais uma fase. Até amanhã, a 1ª Turma do STF decide se aceita denúncia da PGR contra outros seis acusados de conspiração para golpe de Estado, dos 34 denunciados. A tendência é se tornarem réus, junto com Bolsonaro.
DOIS EXEMPLOS
Se o Congresso aprovar anistia para golpistas, o STF considera inconstitucional, porque de fato é. A armação para cassar o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), por ter denunciado o orçamento secreto, também deve acabar no Supremo. A precarização da democracia amplia a judicialização da política. A aplicação da lei é um eficiente antídoto ao fascinazismo.
TEM URGÊNCIA
As cenas de PMs paulistas em cerimônias e gestos nazistas não são fato isolado e têm se repetido em outros estados. Se os governadores se omitem, a União tem o direito e o dever de agir, rápido e com firmeza, para não perder o controle das policias militares. Demanda tão urgente quanto a rejeição da anistia, condenação e prisão dos golpistas. Pela saúde da democracia.