O contágio do estresse
Tanto em humanos quanto em animais de outras espécies, o contágio do estresse é um fenômeno bastante comum.
Por Camilly Oliveira
O estresse é multifatorial e mantê-lo sob controle é desafiador. Os conflitos internos e externos, medo da perda de emprego, contas, e mudanças no mercado pairam no ar o tempo todo, tirando o sono e elevando o cortisol, hormônio responsável por você passar o dia todo se sentindo sobrecarregada, cansada e com a mente remoendo vários e vários pensamentos ansiosos.
Tanto em humanos quanto em animais de outras espécies, o contágio do estresse é um fenômeno bastante comum. As pessoas são bastante visuais, percebem a ansiedade e a aquietação através de expressões faciais, postura ou tom de voz.
A ecologista comportamental Hanja Brandl do Instituto Max Planck de Comportamento Animal da Alemanha notou que se alguém mora em um apartamento compartilhado com cinco amigos, por exemplo, e dois deles são cronicamente estressados, haverá mudanças comportamentais em todos.
As interações sociais ajudam a melhorar o contágio. Pessoas com relacionamentos sociais de qualidade na vida, têm a sensação de uma vivência mais controlada e previsível, porque sabe que receberá apoio quando precisar. Se algo ruim acontece, tem alguém a quem recorrer. Portanto, é crucial cultivar boas relações em todos os ambientes e níveis para uma vida mais leve e menos estressada.