COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
MAIS DIFÍCIL
Apesar das dificuldades, hoje Lula conseguiria se reeleger. Só que ainda falta mais de um ano e meio para a eleição. Muito tempo para o ultraliberalismo conspirar, espalhar fake news. Tem mais, em 2026, com Bolsonaro fora da disputa, perde força o apelo de 2022 de defesa da democracia, com o qual o campo progressista conquistou muitos votos da direita dita liberal.
SEMPRE ASSIM
Nenhuma novidade no áudio vazado do presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), tramando com o sistema financeiro para sabotar o governo Lula. Golpe de Estado, vide Bolsonaro agora, entrega da riqueza nacional e ataques aos trabalhadores são velhos vícios da direita e extrema direita, que têm horror a qualquer projeto minimamente popular. Nunca mudam.
SEM ESCRÚPULO
O conluio de Ciro Nogueira com os rentistas reflete a escalada de ataques contra o projeto de democracia social pilotado por Lula, que deve se agravar à medida que a eleição se aproxime. Sem o menor escrúpulo, os setores golpistas, que apoiaram Bolsonaro e agora devem rifá-lo, vão fazer de tudo para voltar ao poder central em 2026. O candidato deve ser Tarcísio.
PARA NEUTRALIZAR
A eleição do próximo ano será decisiva para a afirmação da democracia social, centrada na desconcentração da riqueza e redução da pobreza. Nova derrota nas urnas pode neutralizar de vez a agenda ultraliberal da extrema direita, de maioria bolsonarista, preocupada unicamente com a maximização do lucro de poucos, à custa do sofrimento do povo brasileiro. Disputa duríssima.
MUITO LONGE
A decisão da PGR de negar nova prisão de Marcos Moura, o tal “Rei do Lixo”, contra quem a PF, na Operação Overclan, detém provas contundentes de contratos fraudulentos e obras superfaturadas, mostra que o sistema de justiça tem tido até coragem inédita ao denunciar os golpistas, mas no geral ainda está longe de punir exemplarmente empresários e agentes públicos corruptos.