COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
EXIGE ATITUDE
Apesar do crescimento de 3,1% da indústria em 2024, menor desemprego (6,6%) da história e recuperação do poder de compra dos salários, a extrema direita adultera a realidade, diz que a economia vai mal e convence muita gente. Se não houver um esforço nacional para punir severamente as fake news, o Estado democrático de direito não sobrevive por muito tempo.
BASE TEÓRICA
A argumentação falaciosa que engana tantos tolos e enriquece oportunistas, de que a regulação das big techs representa censura à liberdade de expressão, é a base teórica do projeto de poder da extrema direita, que não sobrevive sem a mentira, sem fake news. Onde prevalecem o vale tudo e a lei dos mais fortes, a democracia não tem vez. A civilidade e a cidadania sucumbem.
MAIS REACIONÁRIO
O novo impropério do presidente da Câmara, Hugo Motta (PR-PB), de que projetos para redução dos poderes do STF são “reação aos exageros da corte”, somado a outros absurdos como apoio a anistia aos golpistas, rejeição a isenção de IR para até R$ 5 mil, taxação dos super-ricos e regulação das big techs, não deixa dúvida: é mais reacionário do que Arthur Lira (PP-AL).
PLENA DEGRADAÇÃO
O fato de o governo ter sido impelido a apoiar, junto com PL e outros partidos da direita e extrema direita, a eleição de Hugo Motta (PR-PB) para a presidência da Câmara, e se não apoiasse poderia ser pior, expõe a podridão que impera no Poder Legislativo. Se nunca foi verdadeiramente republicano, com a escalada do fascinazismo ultraliberal entrou em plena degradação.
NOVOS ATORES
Com Hugo Motta (PR-PB), que chegou na presidência da Câmara metendo os pés na porta da democracia, e Davi Alcolumbre (UB-AP), que também não inspira confiança, como presidente do Senado, o governo tem de mudar os atores que fazem a interlocução com o Congresso, para se defender melhor de tensões na governabilidade. Facilitar as articulações para 2026.