COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
CRIME HEDIONDO
O uso de fake news em disputa política e eleitoral, como faz a extrema direita, tem de ser tipificado como crime hediondo, pois ludibria o cidadão, manipula o eleitor com falsas informações, fazendo-o tomar decisões desconectadas da realidade. Viola a soberania das urnas. É a negação do conceito de democracia, seja liberal ou popular. Atrofia o processo civilizatório.
MAIS DELINQUÊNCIA
Como diziam nossos avós: “Quem acha, encaixa”. Pois é, famoso por espalhar fake news, impunemente, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) volta a disseminar desinformações sobre as novas regras de segurança do Pix para impedir golpes com CPFs e CNPJs cancelados, suspensos, nulos e de falecidos. Se já tivesse sido punido, não repetiria tamanha delinquência.
FALTA DISPOSIÇÃO
Embora não seja suficiente para punir criminosos que atentam contra a democracia e a República, se o sistema de justiça estivesse ao menos fazendo valer a Lei das Fake News (18.834/2019), a onda de desinformação da extrema direita estaria bem menor. A aplicação do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014) também ajudaria muito. Falta vontade política.
CADEIA CERTA
Entregue ao STF na quinta-feira, a defesa de Bolsonaro, centrada unicamente na tática de tentar desqualificar a Corte e os ministros, uma burrice, dá a exata dimensão da contundência da denúncia da PGR, muito bem redigida, amparada em provas sólidas. Ele tem consciência que vai para a cadeia, por isto o pânico, o desespero. É covarde, se vacilarem, foge sem pestanejar.
NOVO YALTA
Coerente, a análise do jornalista Pepe Escobar, de que a nova configuração geopolítica imporá, inevitavelmente, mudança no Tratado de Yalta, ocorrido em 1945, e que dividiu o mundo pós II Guerra em duas zonas de influência, uma da antiga União Soviética e outra dos EUA. Agora os protagonistas serão China, Rússia e Estados Unidos. A Europa será coadjuvante.