COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
SUPREMO CONSENSO
Merece destaque e reprodução, a fala do presidente do STF, Roberto Barroso, na abertura do ano judiciário: "Há o compromisso em sermos parceiros em tudo aquilo que, à luz da Constituição, seja bom para o Brasil". Mais claro do que isto, só desenhando. Nem pensar anistia para golpistas e reversão da inelegibilidade de Bolsonaro. São consensos no Supremo. Que continue assim.
ENTENDERAM BEM
Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (PR-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), estavam próximos do ministro Roberto Barroso, no STF, e entenderam muito bem o recado. Constitucionalmente, o Legislativo não é instância revisora do Judiciário. Portanto, tolher o poder do Supremo e anistiar golpistas não têm valor legal. Só fazem agravar a tensão política.
GRANDE BALUARTE
Em um Brasil sem mobilização popular, com a luta política movida pelas massas praticamente estagnada, o STF tem sido o grande baluarte do Estado democrático de direito. E deve continuar sendo, se depender do presidente, Roberto Barroso, e dos próximos, Edson Fachin (2025-2027) e Alexandre de Moraes (2027-2029). O Supremo tem tido êxito na guarda da Constituição.
ESTÃO PAGANDO
A vida dá voltas. Ao assumirem, ultimamente, posições firmes em defesa da ordem constitucional e da legalidade, o presidente do STF, Roberto Barroso, e o próximo, Edson Fachin, têm honrado o pagamento da imensa dívida com o Brasil e os brasileiros. Os dois acreditaram e apoiaram a Lava Jato, origem do horror fascinazista que gerou Bolsonaro e vitaminou a extrema direita.
MUITO LONGE
No plano institucional, não há hoje a menor dúvida quanto a firmeza do STF na guarda e na afirmação da Constituição. Porém, no plano econômico, o Supremo ainda está muito longe de uma postura mais firme ou pelo menos crítica à agenda ultraliberal. Tem admitido muitas privatizações lesa-pátria e derrotado os trabalhadores em questões classistas entre capital e trabalho.