COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
QUE TRISTEZA
O Brasil - Lula hesitava em participar até mesmo de forma virtual - também tem culpa na suspensão da reunião da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que aconteceria amanhã, em Honduras, a fim de debater meios para proteger o subcontinente das agressões de Trump, além da crise climática. Perde a resistência ao imperialismo ultraliberal e fascinazista.
MENOR CHANCE
A irracionalidade que move a extrema direita não permite ilusão sobre a possibilidade de relações civilizadas, diplomáticas, com o governo Trump. Quem não se dobrar aos ditames dos EUA será retaliado como inimigo. Não há meio termo. É o mesmo engano das elites nativas, que imaginaram poder civilizar Bolsonaro e infelicitaram o Brasil por quatro doloridos anos.
COMO SUPERNOVA
O declínio do imperialismo dos EUA e UE assemelha-se a uma supernova que, no ocaso, explode destruindo tudo o que estiver ao seu alcance. À medida que o Brics avançar na construção de um mundo multipolar, na inevitável desdolarização, a ira e as agressões imperiais se intensificarão.
DOIS CAMINHOS
A História da humanidade tem momentos decisivos para o aperfeiçoamento da espécie na vida em sociedade, para o avanço da civilidade. O mundo atual atravessa uma destas fases cíclicas. A conjuntura internacional só oferece dois caminhos: submissão ao imperialismo (EUA e UE) ou multipolaridade, autodeterminação dos povos. A omissão só favorece a tirania ultraliberal.
BEM APROPRIADO
“Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta”. No Caminho, com Maiakóviski, do poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa.