Quem ganha: o capital financeiro e especulativo

O argumento do Banco Central para elevar a Selic a níveis estratosféricos é de controle da inflação. Mentira. Economistas reconhecidos mundialmente apontam que o índice aumenta a pressão inflacionária do país. 

Por Redação

Enquanto a imensa maioria dos brasileiros é arrochada com a alta da Selic, por outro lado, é uma excelente notícia para investidores que buscam rentabilidade nos mercados financeiros. As aplicações de baixo risco, como os títulos públicos (Tesouro Selic) e CDBs de grandes bancos, rendem cada vez mais, atraindo investidores que preferem o retorno seguro, com menor exposição a riscos. 


Os grandes investidores, como os bancos, veem as altas como oportunidade de lucro, uma vez que as aplicações em renda fixa se tornam mais atraentes. Segundo a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), o volume de recursos aplicados em fundos de renda fixa, especialmente os de curto prazo, cresceu consideravelmente desde o aumento da Selic. Em 2024, o patrimônio superou R$ 3 trilhões.


Para o capital especulativo, a Selic nas alturas também é mais dinheiro no cofre, principalmente para os investidores que atuam em mercados de câmbio e de commodities. 

 

Justificativa é falácia
O argumento do Banco Central para elevar a Selic a níveis estratosféricos é de controle da inflação. Mentira. Economistas reconhecidos mundialmente apontam que o índice aumenta a pressão inflacionária do país. 


Atualmente, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores juros reais. O patamar é de 9,18% com alta de 1 ponto percentual, atrás somente da Argentina, com 9,36%. Enquanto a Rússia, fica na terceira posição, com taxa de 8,91%. É o que mostra o relatório MoneYou.