Selic alta: prejuízo para o brasileiro

A alta da Selic em 1 ponto percentual, agora em 13,25%, afeta diretamente a vida do brasileiro, o poder de compra das famílias, a competitividade das empresas e, claro, a economia como um todo. A principal consequência imediata é o aumento nos custos do crédito. 

Por Redação

A alta da Selic em 1 ponto percentual, agora em 13,25%, afeta diretamente a vida do brasileiro, o poder de compra das famílias, a competitividade das empresas e, claro, a economia como um todo. A principal consequência imediata é o aumento nos custos do crédito. 


No Brasil, a maioria da população depende de financiamentos para adquirir bens ou até pagar as contas básicas do dia a dia e a elevação da taxa torna os empréstimos mais caros.


Para se ter ideia, dados do próprio Banco Central mostram que o custo do crédito para pessoas físicas está no nível mais elevado desde 2016. Um exemplo é o crédito consignado, uma das modalidades mais populares entre os brasileiros. Os juros elevaram significativamente, de 27,2% em 2024 para 28,1% neste mês. 


O financiamento de veículos cresceu cerca de 3% no mesmo período, encarecendo ainda mais a aquisição de carros, um bem essencial para muitas famílias. O aumento da Selic também influencia o poder de compra da população, pois impacta diretamente nos preços dos alimentos. 


Com o crédito mais caro, muitas empresas que dependem de financiamentos para expandir as operações repassam o custo elevado para os cidadãos, gerando uma pressão inflacionária adicional. No ano passado, por exemplo, a inflação medida pelo IPCA teve leve desaceleração, mas a alta contínua na taxa básica de juros impede a queda mais significativa no preço de bens e serviços, afetando as classes médias e mais baixas de forma desproporcional.


Desigualdade crescente
A política monetária que o Banco Central insiste em manter, inclusive já com o comando de Gabriel Galípolo, agrava o abismo social do Brasil. Os setores da economia que dependem de consumo e investimento, como o comércio e a construção civil, tendem a sofrer com a queda na demanda. Resultado, aumento do desemprego e mais dificuldades para as empresas manterem o ritmo de crescimento.


Em contrapartida, o sistema financeiro consegue beneficia, o que contribui para o aumento na concentração de riqueza. Essa política de sabotagem cria um ciclo interminável de endividamento para os mais pobres e a classe média, os rentistas crescem.