A exaustão feminina
As mulheres pagam o preço mais alto pelo atual modelo de trabalho. Elas representaram 64% entre os 472 mil afastamentos por transtornos psicológicos registrados ano passado. Além de enfrentarem jornadas duplas, ganham menos do que os homens e arcam com a maior parte da carga doméstica.
Por Camilly Oliveira
As mulheres pagam o preço mais alto pelo atual modelo de trabalho. Elas representaram 64% entre os 472 mil afastamentos por transtornos psicológicos registrados ano passado. Além de enfrentarem jornadas duplas, ganham menos do que os homens e arcam com a maior parte da carga doméstica.
O impacto vai além da saúde, 49% dos lares brasileiros são sustentados por mulheres, e quando elas adoecem, famílias inteiras são afetadas. A problemática é muito maior do que se imagina. No setor bancário, a crise é intensificada.
O governo tenta fechar o cerco, ampliando a fiscalização sobre as empresas. No entanto, é fundamental mais as ações. A redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6x1, pautas prioritárias do movimento sindical, devem estar na agenda.