COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
SERÁ DETERMINANTE
Se, como preveem os analistas, e realmente deve acontecer, a América Latina se tornar o primeiro alvo, o mais atacado, na tentativa de Trump de “fazer os EUA gigante novamente”, o Brasil jogará papel ainda mais decisivo na luta de resistência e na prevalência, no subcontinente, da concepção do Brics de multipolaridade. Para tanto, terá de rever conceitos na diplomacia.
DEVE BARBARIZAR
É óbvio que, como representante da extrema direita global, do fascinazismo ultraliberal, Trump vai infernizar a vida de muitos países e de muita gente, no desespero para conter o declínio visível e cada vez mais acelerado do imperialismo que os EUA comandam desde o fim da II Guerra. E não hesitará em recorrer aos métodos mais espúrios. É da natureza imperial.
INEVITÁVEL, CLARO
São duas concepções de mundo completamente opostas. De um lado os EUA, no desespero para frear a decadência do imperialismo, e do outro o Brics, no esforço, com êxito até agora, de construção da multipolaridade, o que implica, inevitavelmente, na desdolarização. Mais cedo ou mais tarde entrarão em choque, portanto é melhor se preparar. Dói menos.
RESISTÊNCIA LATINA
A declaração do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, a conferência climática mundial que acontece em novembro, no Pará, que apontou a China como “parceira natural do Brasil” diante da saída dos EUA do Acordo de Paris, é mais uma evidência de que Trump não encontrará moleza na tentativa insana de subjugar outros países, inclusive latinos. Haverá resistência no mundo todo.
EVIDENTES SINAIS
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, tem toda razão ao criticar a mídia corporativa por não dar a devida atenção à queda do dólar, hoje em R$ 5,90, e também ao dizer que agora fica provado a manobra especulativa ocorrida em novembro e dezembro do ano passado, quando o Bando Central ainda era presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto e a cotação chegou a superar os R$ 6,30. Foi sabotagem, sim.
