COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
NO PARASITISMO
O governo anuncia a pretensão de elevar de R$ 364 bilhões para até R$ 600 bilhões o Plano Safra, isto é, dinheiro do povo para o agronegócio. O setor, de maioria fascinazista, esperneia contra os programas sociais e de distribuição de renda, alegando não ser dever do Estado combater a pobreza, mas não consegue viver sem bilionárias verbas públicas. Elites parasitas.
POLO REACIONÁRIO
Como todos os demais segmentos econômicos, o agronegócio merece apoio estatal, mas não no nível que tem recebido. Afinal, além da diminuta contrapartida social, pois oferece quase nada de emprego, sempre foi um centro propagador e apoiador de concepções e planos de caráter golpista, reacionário, que põem em risco a democracia, a República e a civilidade.
PURA REALIDADE
Na prática, ultraliberalismo significa Estado mínimo para a imensa maioria da população, carente, que tanto necessita da ajuda estatal para sobreviver com dignidade, e máximo para uma ínfima minoria que enriqueceu e continua a enriquecer à custa do cofre público. Negar esta realidade, só por conveniência ou ignorância. A mídia comercial, por oportunismo rasteiro.
SISTEMA ANTIGOLPE
O governo boliviano garante que a tentativa golpista teve apoio externo. Com certeza teve. O Brasil e outros países latinos, onde prevalece a democracia social, precisam estar atentos, com um sistema de inteligência antigolpe azeitado. Todo cuidado é pouco. O ultraliberalismo precisa de um ambiente fascinazista para impor o despotismo de mercado.
PATAS IMPERIAIS
Seja qual for o resultado da eleição presidencial deste ano nos EUA, o mundo vai continuar sofrendo nas patas imperiais. A reeleição de Biden significa mais carnificina em Gaza, mais sangue na Ucrânia, golpes de Estado e outras guerras, enquanto a vitória de Trump representa mais fascinazismo, negacionismo, milícia virtual e fake news. É da natureza maligna do império.
