Brasil que Cuida, cuidado como pilar social
O programa Brasil que Cuida é um avanço inadiável na luta por justiça social. Durante anos, o trabalho de cuidado foi invisibilizado, explorado e tratado como obrigação feminina, sem reconhecimento ou suporte do Estado.
Por Camilly Oliveira
O programa Brasil que Cuida é um avanço inadiável na luta por justiça social. Durante anos, o trabalho de cuidado foi invisibilizado, explorado e tratado como obrigação feminina, sem reconhecimento ou suporte do Estado.
Agora, com o Plano Nacional de Cuidados, a lógica começa a mudar. Em vez do abandono e do descaso vistos em gestões passadas de Bolsonaro e Temer, o governo Lula constrói um novo paradigma, no qual cuidar é direito e responsabilidade coletiva.
A estrutura do plano prevê 5 eixos fundamentais para transformar a realidade de quem cuida e de quem precisa de cuidados. Estão na pauta a criação de centros-dia para idosos e pessoas com deficiência, ampliação das creches e implementação de cuidadotecas para apoiar trabalhadores e estudantes.
Além disto, serviços comunitários como cozinhas solidárias e lavanderias coletivas serão fortalecidos, reduzindo a sobrecarga doméstica. O modelo de governança busca garantir participação social e articulação entre União, estados e municípios, assegurando políticas públicas robustas e permanentes.
A sanção da Política Nacional de Cuidados em 2024 não apenas oferece suporte a famílias e trabalhadores, mas também desafia um modelo econômico de exploração, no qual pessoas são mercadorias. O cuidado deixa de ser uma obrigação invisível e passa a ser um pilar central para a construção de uma sociedade mais digna e igualitária.