O colapso climático chegou

O Brasil virou o epicentro do caos climático. Em 2024, um terço dos fenômenos extremos da América do Sul aconteceram no país, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). O Pantanal ardeu, o Norte secou, o Sul foi arrasado por chuvas recordes.

Por Camilly Oliveira

O Brasil virou o epicentro do caos climático. Em 2024, um terço dos fenômenos extremos da América do Sul aconteceram no país, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). O Pantanal ardeu, o Norte secou, o Sul foi arrasado por chuvas recordes.

 


A temperatura disparou acima dos 41°C. Nada disso é acaso. É consequência do desmonte ambiental, do avanço predatório do agronegócio e da omissão de governos que protegem lucros enquanto vidas são destruídas.

 


Os números revelam a crise. No Amazonas, rios secaram e isolaram comunidades inteiras. O Pantanal enfrentou a pior seca em 70 anos, alimentando incêndios que destruíram biodiversidade e modos de vida. 

 


No Centro-Oeste, a onda de calor quebrou recordes históricos, tornando o ar irrespirável. No Sul, as chuvas atingiram 1,4 milhão de pessoas, causando perdas bilionárias na agricultura. 

 


O colapso climático não é futuro, é presente e real. O desmatamento, a exploração predatória e a negligência política empurram o Brasil para a catástrofe. Quem paga a conta são os mais pobres, que perdem casa, trabalho e dignidade. Sem mudanças estruturais, os desastres pioram. A crise não pode mais ser tratada como tragédia natural. É crime ambiental, é projeto de destruição.