INSS nega indevidamente benefícios aos segurados
Segundo o relatório, 13,20% das negativas foram manuais e 10,94% automáticas, o que leva milhares de pessoas ao estado de insegurança financeira, além de acarretar acúmulo de processos em curso no Judiciário pela mesma razão.
Por Itana Oliveira
O TCU (Tribunal de Contas da União) divulgou que auditoria realizada entre janeiro e maio de 2024, encontrou inconsistências no indeferimento dos pedidos de benefícios previdenciários, os quais a população impossibilitada de trabalhar depende para sobreviver.
Segundo o relatório, 13,20% das negativas foram manuais e 10,94% automáticas, o que leva milhares de pessoas ao estado de insegurança financeira, além de acarretar acúmulo de processos em curso no Judiciário pela mesma razão.
Dentre as causas identificadas como responsáveis estão a recompensa concedida pelo INSS aos funcionários de acordo com a quantidade de processos analisados. No questionário aplicado, os servidores do órgão admitem sofrer pressão por parte da instituição para priorizar os números, em detrimento da qualidade do atendimento.
A auditoria também observou que não há motivação clara para a recusa dos benefícios, além da falta de comunicação eficaz com os segurados, já que essas etapas aumentam a complexidade do processo.
O TCU determinou que as metas de produtividade impostas pelo INSS sejam compatíveis com a análise para avaliar a necessidade do requerente, além de alinhar o suporte técnico que deve ser dado aos solicitantes. Desta forma, cabe à gestão pública a correção dos indeferimentos, além da manutenção constante do INSS para que a situação não se repita, afinal, a maior parte das pessoas que buscam o auxílio depende disto para se prover.