Tratamento de endometriose não pode esperar
Uma em cada dez mulheres sofre com a doença, que provoca dores incapacitantes e pode levar à infertilidade. Em 2021, o SUS registrou mais de 26 mil atendimentos e 8 mil internações por endometriose. O diagnóstico começa no consultório ginecológico e, nos casos graves, exige cirurgia.
Por Camilly Oliveira
Março é o mês de combate à endometriose, doença que atinge milhões de mulheres, mas ainda é subestimada pelo sistema de saúde. Por anos, o sofrimento foi tratado como “normal”, enquanto políticas públicas ignoravam a necessidade de diagnóstico precoce e atendimento adequado. Hoje, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento gratuito, mas a demora no acesso a exames e especialistas ainda compromete a qualidade de vida das pacientes. A endometriose não é só uma questão de saúde, é uma luta por direitos.
Uma em cada dez mulheres sofre com a doença, que provoca dores incapacitantes e pode levar à infertilidade. Em 2021, o SUS registrou mais de 26 mil atendimentos e 8 mil internações por endometriose. O diagnóstico começa no consultório ginecológico e, nos casos graves, exige cirurgia.
O problema é que a rede pública ainda não tem estrutura suficiente para atender todas as pacientes, e muitas enfrentam anos de espera para descobrir a causa das dores.
O tratamento inclui medicamentos, hormônios ou cirurgia, dependendo da gravidade. O SUS garante atendimento, mas sem investimento real, a fila só cresce. Mulheres não podem seguir sofrendo por negligência do Estado. Endometriose não é frescura, não é exagero. A luta por um diagnóstico ágil e por tratamento digno precisa ser levada a sério.