Riqueza extrema, símbolo da falência social

A disparidade gritante entre a população e o grupo restrito dos super-ricos não pode ser vista como um sucesso econômico, mas como o fracasso de uma sociedade que coloca o lucro acima das pessoas. Cada novo ultra-rico representa um sintoma do mundo que prioriza o acúmulo desenfreado de capital em vez da solidariedade, da dignidade humana.

Por Camilly Oliveira

A disparidade gritante entre a população e o grupo restrito dos super-ricos não pode ser vista como um sucesso econômico, mas como o fracasso de uma sociedade que coloca o lucro acima das pessoas. Cada novo ultra-rico representa um sintoma do mundo que prioriza o acúmulo desenfreado de capital em vez da solidariedade, da dignidade humana.

 


O patrimônio mínimo para se classificar como ultra-rico é R$ 234 milhões, segundo a Fortune. O montante demonstra o avanço da riqueza extrema, símbolo da desumanidade da sociedade capitalista. 

 


É inaceitável que a fortuna de poucos continue crescendo enquanto políticas públicas são negligenciadas, deixando milhões à margem da sociedade, sem acesso a saúde, educação e oportunidades básicas. Isto não é progresso, é barbárie travestida de prosperidade.

 


Este novo grupo não apenas conserva fortunas, mas também as expande sem qualquer compromisso com a redistribuição. O aumento no número de ultra-ricos, saltando de 157 mil para 220 mil em sete anos, é reflexo de políticas econômicas concentradoras, que favorecem apenas os tais bem afortunados. 

 


A bolha de riqueza, alimentada pela especulação e exploração de recursos, não reflete o progresso para a maioria, um distanciamento crescente entre a elite econômica e a realidade social da grande maioria.