Reduzir seguro-desemprego e BPC agride a democracia social

Diante dos compromissos assumidos de concentrar esforços pelo combate às desigualdades e redução da pobreza, o governo Lula não pode, em hipótese alguma, aceitar a redução dos valores do seguro-desemprego, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros direitos essenciais a milhões de pessoas que necessitam da ajuda do Estado para uma vida minimamente digna.

Por Rogaciano Medeiros

Diante dos compromissos assumidos de concentrar esforços pelo combate às desigualdades e redução da pobreza, o governo Lula não pode, em hipótese alguma, aceitar a redução dos valores do seguro-desemprego, BPC (Benefício de Prestação Continuada) e outros direitos essenciais a milhões de pessoas que necessitam da ajuda do Estado para uma vida minimamente digna.

 


Pela proposta, feita conjuntamente pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento, o seguro-desemprego e o valor da multa por demissão sem justa causa sofrem redução. Mudanças também nas regras do abono salarial e do Benefício por Prestação Continuada, que deixaria de ser reajustado em concordância com o salário mínimo, o que significa diminuição do valor do BPC em relação ao piso nacional.

 


As centrais sindicais já se manifestaram terminantemente contra, vão buscar reuniões com os ministérios e se necessário com o presidente, além de terem divulgado nota pública na qual, entre outras demandas, cobram do governo Lula segurança financeira para os desempregados no mercado formal, dos afastados para buscar qualificação e dos pescadores no período chamado defeso.

 


Para os trabalhadores, nem pensar em tamanho absurdo. Seria alta traição ao projeto popular de democracia social.