No Santander, ganância prejudica a nação

Para denunciar as práticas, os diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia e da Federação da Bahia e Sergipe paralisaram nesta quarta-feira (16/04) as agências da Barra, Tancredo Neves, Alphaville e Vilas. As ações fazem parte da campanha nacional contra a gestão predatória do Santander no Brasil.

Por Angélica Alves

O Santander prioriza lucros bilionários e ignora direitos fundamentais de clientes e trabalhadores. Mesmo com balanço recorde no Brasil, a empresa insiste em uma estratégia cruel: cortar custos às custas de demissões, fechamento de agências e precarização do atendimento.


O banco espanhol arrecadou impressionantes R$ 22,6 bilhões em tarifas no Brasil em 2024. Ainda assim, fecha unidades — já são 413 agências e pontos de atendimento —, desliga funcionários, rebaixa salários e terceiriza serviços essenciais. A meta? Reduzir despesas e ampliar o lucro, mesmo que isso signifique desrespeito, abandono e insegurança.


Para denunciar as práticas, os diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia e da Federação da Bahia e Sergipe paralisaram nesta quarta-feira (16/04) as agências da Barra, Tancredo Neves, Alphaville e Vilas. As ações fazem parte da campanha nacional contra a gestão predatória do Santander no Brasil.
“O banco ignora completamente as condições reais da população e dos próprios trabalhadores”, ressaltou o diretor do SBBA e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Adelmo Andrade. “Recebemos reclamações constantes sobre a pressão por metas abusivas e o desmonte da segurança nas agências. Portas giratórias estão sendo retiradas, vigilantes dispensados. É um cenário perigoso para todos”.


Não são só os funcionários que sofrem. O Santander empurra a população para os canais digitais, obrigando o uso do internet banking, inclusive por quem não tem acesso à internet ou habilidade com tecnologias. Um movimento que fere o direito ao atendimento presencial digno — especialmente para idosos. 


“A ganância fala mais alto. Tudo é feito para manter a máquina de lucros funcionando, sem se importar com quem está do outro lado do balcão ou da tela”, disse o diretor da Federação José Antônio dos Santos.


O presidente em exercício do Sindicato, Elder Perez, reforça que a luta vai continuar. “Enquanto os bancos têm a força do dinheiro, nós temos a força da coletividade. Os trabalhadores são a maioria. E unidos, somos mais fortes do que qualquer sistema que nos explore”. A campanha segue firme, cobrando respeito à população e aos trabalhadores que sustentam a engrenagem bilionária.