Lucro recorde e compromisso zero no Santander

Para se ter ideia, a carteira de clientes saltou 2,5 milhões em apenas um ano, totalizando 68 milhões em dezembro de 2024. Em contrapartida, o Santander fechou 247 agências e 166 postos de atendimento no período. A prioridade da empresa é empurrar a população para os canais digitais e deixar de lado quem não tem acesso à internet ou familiaridade com tecnologia.

Por Rose Lima

O Santander obteve lucro líquido de R$ 13,872 bilhões no ano passado. Apesar do número impressionar, não se traduz em melhorias para funcionários e clientes. Pelo contrário. O banco precariza o trabalho, exclui parte da população do atendimento bancário e reforça a lógica do lucro acima de tudo.

 


Para se ter ideia, a carteira de clientes saltou 2,5 milhões em apenas um ano, totalizando 68 milhões em dezembro de 2024. Em contrapartida, o Santander fechou 247 agências e 166 postos de atendimento no período. A prioridade da empresa é empurrar a população para os canais digitais e deixar de lado quem não tem acesso à internet ou familiaridade com tecnologia.

 


Enquanto desmonta o atendimento presencial, o banco continua explorando os clientes. A receita com tarifas subiu 10,9% em 2024, somando R$ 22,6 bilhões. Ou seja, menos estrutura e serviços, mas com cobranças cada vez maiores.

 


Demissões e terceirização


A ganância também atinge os funcionários. O Santander demite em massa e investe em contratações fraudulentas, por meio de terceirização. Tudo para reduzir salários e retirar direitos. A prática precariza os postos de trabalho, gera insegurança e impacta a qualidade do atendimento.

 


O modelo adotado pelo banco espanhol é excludente, cruel com os trabalhadores e irresponsável com o Brasil. O lucro bilionário não pode justificar a destruição de empregos, o abandono do atendimento presencial e a sobrecarga dos poucos funcionários que restam.