Santander falha na promoção de equidade

A escolha masculina para substituir Juliana Cury — que deixou o cargo após apenas seis meses para assumir o marketing do Itaú — revela um padrão que se repete: apesar das campanhas e discursos institucionais, o Santander prioriza soluções internas que pouco dialogam com um ambiente corporativo mais diverso e representativo.

Por Angélica Alves

Enquanto o discurso prega diversidade, a prática do Santander Brasil segue na direção oposta. A nomeação de Guilherme Bernardes como novo superintendente-executivo de Marketing escancara a falta de compromisso do banco espanhol com a equidade de gênero.


A escolha masculina para substituir Juliana Cury — que deixou o cargo após apenas seis meses para assumir o marketing do Itaú — revela um padrão que se repete: apesar das campanhas e discursos institucionais, o Santander prioriza soluções internas que pouco dialogam com um ambiente corporativo mais diverso e representativo.


A COE (Comissão de Organização dos Empregados) reforça que não basta falar sobre inclusão e liderança feminina — é preciso agir com coerência. A ausência de mulheres em cargos estratégicos é um retrocesso e uma desconexão com a realidade do mercado e com as demandas da sociedade.
A COE cobra do banco ações concretas para a construção de espaços mais justos, plurais e comprometidos com a transformação que o próprio Santander diz apoiar.