O acerto da política de valorização do mínimo

O novo valor do salário mínimo, se a Constituição Federal fosse obedecida, de R$ 7.398,94 segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), reafirma o acerto da política de valorização implantada pelo governo Lula em 2004 e desmoraliza a farsa bolsonarista.

Por Ana Beatriz Leal

O novo valor do salário mínimo, se a Constituição Federal fosse obedecida, de R$ 7.398,94 segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), reafirma o acerto da política de valorização implantada pelo governo Lula em 2004 e desmoraliza a farsa bolsonarista.
 

Em 1º de janeiro de 2019, horas antes da posse, Bolsonaro, como primeiro ato de governo, reduziu para R$ 998,00 a menor remuneração praticada no país, ou seja, R$ 8,00 a menos do que o valor então aprovado pelo Congresso, de R$ 1.006,00. Até hoje os bolsonaristas se opõem à valorização do mínimo.
 

O valor de R$ 7.398,94 é, conforme o Dieese, o ideal para sustentar uma família com dois adultos e duas crianças. Apesar do esforço do governo, a quantia é 4,87 vezes o piso praticado no país, equivalente a R$ 1.518,00. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2022 a maioria (60,1%) dos brasileiros vivia com até um salário mínimo per capita por mês.
 

Outro dado analisado é a cesta básica. O preço aumentou em 14 das 17 capitais onde o órgão realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Nas cidades do Norte e do Nordeste, os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 569,48), João Pessoa (R$ 626,89), Recife (R$ 627,14) e Salvador (R$ 633,58).
 

Em março deste ano, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 106 horas e 19 minutos, maior do que o de fevereiro, de 104 horas e 43 minutos.