COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
ESTÃO CIENTES
Normal que a prisão do aliado Collor, por corrupção na BR Distribuidora, tenha amplificado o desespero da claque bolsonarista. Os denunciados pela PGR por conspiração para golpe de Estado, inclusive Bolsonaro, têm consciência de que também terão o mesmo destino: a condenação e a cadeia. Até porque, cometeram crime muito mais grave. A democracia resiste.
VIA REPUBLICANA
Collor, ex-presidente e ex-senador, fiel expressão da reacionária oligarquia rural, preso por corrupção. Mais importante, a perspectiva concreta da prisão de Bolsonaro, outro ex-presidente, de extrema direita, juntamente com generais e empresários por intentona golpista, um velho vício das elites, nunca punido. O Brasil segue firme na busca pela afirmação republicana.
FACILITARIA MUITO
Sim, a escalada da extrema direita se dá em nível global, mas cada país terá de encontrar o próprio caminho. O Brasil tem se esforçado e alcançado certo êxito no plano institucional, apesar da sabotagem bolsonarista. Continua faltando a mobilização popular. Os movimentos sociais não têm conseguido colocar povo na rua, requisito decisivo à plena derrocada do fascinazismo.
DISPUTA PAPAL
De um lado o ultraliberalismo fascinazista, encarnado em figuras como Trump, Milei, Bolsonaro, do outro a democracia social, comprometida com a superação da pobreza, o Brics e a luta por um mundo multipolar. Neste contexto, o perfil do novo Papa torna-se preponderante e envolve disputas fratricidas. Para o imperialismo (EUA e UE), não interessa outro Francisco.
CAMINHO NATURAL
Evidentemente, o resultado no Vaticano, se o futuro Papa será conservador ou progressista, terá grandes consequências e pode facilitar ou dificultar o progresso do Brics. Mas, a geopolítica atual permite arriscar dizer que o esforço global pela multipolaridade e a autodeterminação dos povos continuará evoluindo, inexoravelmente. É o caminho natural da civilidade.