COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
ENGANA BOBO
É muita cara-de-pau, maior “queixão”, como se diz popularmente, ter de engolir figurões do governo afirmando que a vitória de Trump não implicará em novas dificuldades na relação Brasil-EUA, que o futuro presidente estadunidense fará uma gestão “pragmática” e nem fortalecerá Bolsonaro. É querer enganar a si próprio e fazer os outros de bestas.
CHUMBO GROSSO
A eleição de Trump não acontece por acaso. É resultado da organização e avanço da extrema direita fascinazista em nível internacional e, principalmente, dentro dos EUA. Então, é óbvio que ele vai fazer de tudo para livrar Bolsonaro da Justiça reforçá-lo política e eleitoralmente, além de hostilizar o máximo possível o governo Lula. Vem chumbo grosso.
VALE LEMBRAR
Os desavisados, por tolice ou conveniência, não podem esquecer que, se Trump tivesse sido reeleito em 2020, quando perdeu para Biden, a eleição no Brasil em 2022 não seria realizada ou então Bolsonaro, diante da vitória de Lula, daria o golpe de Estado que tentou e fracassou. Um dos principais motivos do fracasso foi a exigência dos EUA por respeito ao resultado das urnas.
SÓ PROPAGANDA
Trump é reeleito presidente após, em 2020, não aceitar a derrota, estimular a invasão do Capitólio, causar mortes, colocar a democracia sob ameaça, impunemente, só por ser bilionário. No Brasil do Sul global, o comparsa dele, Bolsonaro, está inelegível e ainda corre sério risco de ser preso. E depois os EUA se autoproclamam “a maior democracia do mundo”.
MUDA POUCO
“O genocídio em Gaza continua. A guerra contra o Brics continua”, a declaração, acertada, é do comentarista internacional Pepe Escobar. Independentemente do resultado da eleição, os EUA continuarão carro-chefe do imperialismo, governado pelo complexo industrial militar e o sistema financeiro. Resumindo, permanecerá saqueando a riqueza das nações.