COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
DÚVIDA ATROZ
Perguntar não ofende e ninguém é dono da verdade. Os partidos progressistas resolveram se juntar à extrema direita e direita no apoio ao deputado Hugo Motta (PB) à presidência da Câmara, “para ajudar na governabilidade de Lula”. Fica a dúvida se um candidato do Republicanos, indicado por Arthur Lira (PP-AL), tem mesmo disposição de contribuir com a democracia social.
SALADA MISTA
O que mais intriga o cidadão comum que vota na esquerda é o fato de os partidos progressistas terem anunciado apoio ao bolsonarista Hugo Motta antes mesmo de o União Brasil ter retirado a candidatura de Elmar Nascimento e com o nome de Antônio Brito até então mantido pelo PSD. A eleição na Câmara junta PL, PT, PCdoB, MDB... Geleia geral.
SEM POLARIZAÇÃO
A adesão em massa dos partidos do campo progressista à candidatura de Hugo Motta (Republicanos-PB), comprometido com o agronegócio, o sistema financeiro e o setor imobiliário, ligado a Eduardo Cunha e Ciro Nogueira (PP), reflete a postura adotada ultimamente pela esquerda institucional, de evitar a polarização. Se está certa, só o futuro dirá.
SÉRIA POSITIVO
Obviamente, uma derrota de Hugo Motta, candidato de Arthur Lira (PP-AL) e do Centrão à presidência da Câmara, não anularia o furor fascinazista e golpista da maioria ultraconservadora e reacionária. Mas, ajudaria muito nos esforços do Executivo por relações com o Legislativo sem ameaças e intimidações, pautadas em princípios republicanos.
SUPREMA VOLTA
Na eleição de 2022, os Deuses da Democracia colocaram, na presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, decisivo no triunfo da legalidade sobre o golpismo. Agora, o Supremo repõe na vida política o ex-ministro José Dirceu, cujas experiência e sabedoria serão valiosas para o campo progressista no embate contra o fascinazismo.