COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
PELA DIREITA
Nem Lula (PT), muito menos Bolsonaro (PL). O 2º turno da eleição municipal amplia ainda mais o enraizamento da direita, que detém o pleno controle dos bilhões de reais das emendas parlamentares, nas prefeituras, nas cidades. Quer dizer, na base, no cotidiano do eleitor. Como isto vai impactar em 2026, depende de outras variáveis. PSD e MDB lavaram a jega.
USO ELEITOREIRO
A ampla vitória da direita, dos partidos do tal Centrão, um aglomerado de políticos oportunistas voltados unicamente para interesses pessoais e de grupos, que fazem o que querem com as emendas parlamentares, reafirma a necessidade urgente de mudanças na distribuição e aplicação do dinheiro, hoje usado descaradamente para fins meramente eleitoreiros.
MAIOR PERDEDOR
A esquerda não teve bom desempenho na eleição municipal, mas, sem dúvida, o maior perdedor foi Bolsonaro. Das nove capitais que o PL disputou o 2º turno, só ganhou em Aracaju e Cuiabá. As derrotas em Goiânia e Fortaleza foram humilhantes e na reeleição de Nunes, em São Paulo, ele foi apenas um mero coadjuvante de terceira divisão.
BOA PERFORMANCE
Embora tenha perdido em São Paulo, Boulos (PSOL) sai fortalecido das urnas. Conseguiu chegar ao 2º turno, enfrentou duas máquinas poderosas do estado mais rico da federação: a prefeitura da capital e o governo estadual. Encarou Tarcísio, Nunes, a mídia corporativa e ainda assim teve mais de 40% dos votos dos paulistanos. Bom desempenho.
DEU CAETANO
Na Bahia, onde o PT governa há 18 anos, mas nunca consegue ganhar em Salvador ou outra grande cidade do Estado, destaque para a vitória do petista Luiz Caetano, que derrotou Flávio Matos, candidato de ACM Neto, e vai administrar Camaçari pela quarta vez - 1986-1988 na primeira eleição para prefeito pós ditadura e mais dois mandatos, de 2005 a 2012.