COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
OUTRO GOLPE
Perante um Congresso controlado pela extrema direita entreguista, se não houver forte mobilização de massa, o que parece improvável, há enorme risco de aprovação da PEC 65, que concede independência ao Banco Central. Mais uma imoralidade ultraliberal que viola a soberania popular do voto, pois reduz ainda mais o poder do presidente da República, eleito pelo povo.
BRASIL REFÉM
A tal “independência” do BC, que a extrema direita quer aprovar no Parlamento, significa, de fato, a submissão total da economia brasileira, da soberania nacional, aos interesses do sistema financeiro, do rentismo, em detrimento do bem-estar da imensa maioria da população. É o despotismo de mercado, sem nenhuma responsabilidade social. Ultraliberalismo.
É PRIVATIZAÇÃO
Se o Supremo cumprir a Constituição, a independência do BC, ou seja, a privatização da política monetária nacional, será considerada inconstitucional. A tendência é isto não ocorrer, pois embora o STF seja atualmente, no plano político, o grande bastião na defesa da democracia burguesa, no aspecto econômico tem evitado enfrentar o projeto ultraliberal.
SEMPRE CRITICOU
O ex-ministro e ex-deputado Delfim Netto, liberal de excelente formação intelectual e política, que comandou a economia na época do “milagre brasileiro”, durante a ditadura civil-militar (1964-1985), e faleceu nesta segunda-feira, era um duro crítico de Bolsonaro e Guedes. Aos mais próximos, costumava dizer que os dois eram nocivos ao Brasil.
POR SOBERANIA
O que sustenta o regime bolivariano da Venezuela, apesar de todos os crimes cometidos pelo imperialismo (EUA e UE), como financiamento de oposição armada e fake news em massa, é o nível de conscientização política da sociedade, construído a partir de Hugo Chavez, o que assegura mobilização popular e institucionalidade na defesa da soberania venezuelana.
