COLUNA SAQUE

Por Rogaciano Medeiros

 

 

SERIA SALUTAR

 

A decisão do TRF-1, de cassar a liminar que impedia investigações sobre denúncias de Roberto Campos Neto lucrar ilicitamente com aplicações em paraísos fiscais ao manter a Selic em absurdos 10,50% - agora ele ameaça elevar ainda mais - deve acelerar a saída antecipada do bolsonarista da presidência do Banco Central. A antecipação faria muito bem ao Brasil.

 

CONFIANÇA PERDIDA

 

Em níveis nacional e internacional, é uma tremenda desmoralização para o Brasil ter na presidência do BC um indivíduo investigado por suspeita de manipular a taxa básica de juro em benefício próprio, de correligionários e amigos, como é o caso do bolsonarista Roberto Campos Neto. A política monetária nacional perde credibilidade no mundo. Tem de sair logo.

 

IMPROBA MAIORIA

 

O baixo nível e a ausência dos mais elementares princípios republicanos vigentes hoje no Parlamento, sob maioria da extrema direita, explicam as ameaças de retaliações contra o governo, como segurar a tramitação de matérias de grande interesse popular, pelo fato de o STF exigir rastreamento e transparência nas chamadas emendas Pix.  Exaltação à improbidade.

 

ALTO PREÇO

 

O drama de muitos políticos da chamada esquerda institucional, que só se preocupam com a via parlamentar da democracia liberal e atuam pensando apenas no voto, é que para não serem descontruídos política e eleitoralmente pela mídia corporativa, burguesa, hegemônica, com capacidade de moldar a opinião pública, têm de se submeter aos ditames do poder econômico. Agora, por exemplo, atacar o regime bolivariano da Venezuela.

 

PLENO DIREITO

 

Com base na autodeterminação dos povos, a Venezuela tem pleno direito de não seguir o modelo de democracia liberal baseada em valores econômicos, culturais e ideológicos estadunidenses e europeus, como fazem, a exceção de Cuba, os governos da América Latina, inclusive os progressistas, como Brasil, México e Colômbia. Um mundo multipolar é possível. A hora é esta.