COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
PARA MAGNATAS
A decisão indiscutivelmente política do BC, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, de manter a Selic em elevados 10,50%, expõe a delinquência da extrema direita de usar o banco, instituição poderosa, para tentar sabotar a democracia social e multiplicar os escandalosos lucros do rentismo. Só os magnatas ganham. Para o povo, carestia e amargura.
É CANALHICE
A nota oficial do BC para, não justificar, pois não há justificativa, mas sim para tentar enganar a sociedade sobre a manutenção da Selic em absurdos 10,50%, desmascara a desfaçatez da agenda ultraliberal, que comanda o banco. Alega preocupação com “desinflação mais lenta”. Ora, a inflação só não está mais baixa porque a taxa básica de juro se mantém nas alturas.
CRIME, ÓBVIO
Do ponto de vista dos princípios republicanos que orientam o Estado democrático de direito, sem dúvida nenhuma é um crime subordinar instituição tão significativa para a sociedade como o Banco Central, responsável pela política monetária, a interesses partidários, eleitoreiros e ideológicos, como faz Campos Neto. A cara do ultraliberalismo fascinazista.
QUE TRISTEZA!
É lamentável ver lideranças que se dizem “progressistas”, ao invés de se preocuparem com o perigo que o fascinazismo ainda representa para a democracia brasileira, prefiram reproduzir fake news da extrema direita global contra a eleição na Venezuela, com acusações sem provas de fraude, assim como fizeram e ainda fazem os bolsonaristas no Brasil. Muito triste.
DÓLAR FURADO
A possibilidade de ainda este ano as relações comerciais entre os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Irã, Arábia Saudita, Etiópia e Emirados Árabes Unidos - se processarem em sistema de pagamento independente, vai acelerar, e muito, a desdolarização, o dólar como moeda padrão. Ajuda a enfraquecer o imperialismo dos EUA e UE.