PCDs são apenas 2% dos cargos de liderança nos bancos

Em um universo de 423 mil bancários, 4% são PCDs, ou cerca de 17 mil, mas só 2% ocupam funções de liderança. No quesito salarial, a remuneração média dos trabalhadores da categoria com deficiência é 37,6% inferior aos demais. Se for mulher, negra e PCD, o salário médio é 48% menor à média geral, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Por Renata Andrade

Mesmo com algumas vitórias, inclusive com uma das legislações mais avançadas do mundo para as PCDs (Pessoas com Deficiência), o Brasil ainda tem muito a avançar para garantir mais direitos no mercado de trabalho para esta parcela da sociedade. No país, 8,9% da população possuem algum tipo de deficiência, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 


Em um universo de 423 mil bancários, 4% são PCDs, ou cerca de 17 mil, mas só 2% ocupam funções de liderança. No quesito salarial, a remuneração média dos trabalhadores da categoria com deficiência é 37,6% inferior aos demais. Se for mulher, negra e PCD, o salário médio é 48% menor à média geral, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).


Com lucro bilionário, os bancos têm condições de equiparar a remuneração dos funcionários e oferecer oportunidade de ascensão profissional. A luta para a inclusão das pessoas com deficiência no ambiente de trabalho para superar o capacitismo é antiga.