Escola para todos, de verdade
A educação brasileira começa a reparar uma dívida histórica e agora abre as portas das salas de aula para crianças com deficiência. Não é favor, é direito básico garantido na Constituição. O avanço na inclusão não nasceu da boa vontade de instituições, mas da luta de famílias, educadores e movimentos sociais que enfrentaram décadas de silêncio e segregação.
Por Camilly Oliveira
A educação brasileira começa a reparar uma dívida histórica e agora abre as portas das salas de aula para crianças com deficiência. Não é favor, é direito básico garantido na Constituição. O avanço na inclusão não nasceu da boa vontade de instituições, mas da luta de famílias, educadores e movimentos sociais que enfrentaram décadas de silêncio e segregação.
Entre 2020 e 2024, o número de estudantes da educação especial subiu 58,7%. Na educação infantil, o crescimento ultrapassou os 200% em creches e pré-escolas. Segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), mais de 92% dos alunos com deficiência já estão em escolas regulares.
O reconhecimento de diagnósticos como o autismo, cresceu com políticas públicas sólidas, como a Lei Berenice Piana (nº 12.764/2012), que garantiu acesso a direitos antes negados. A presença destes estudantes transforma a escola e a sociedade.
Onde há diversidade, há empatia. Onde há convivência, nasce a verdadeira cidadania. Escolas inclusivas formam adultos menos violentos, mais humanos, com senso coletivo.