De novo, na luta contra a escravidão
Em pleno Século XXI, trabalhadores continuam sendo tratados como mercadoria. No Rio Madeira, na bacia do Amazonas, 25 pessoas foram resgatadas de condições degradantes, entre elas três menores de idade. O garimpo ilegal, impulsionado pela ganância e pela impunidade, mantém a exploração como regra e transforma o lucro em justificativa para o crime.
Por Camilly Oliveira
Em pleno Século XXI, trabalhadores continuam sendo tratados como mercadoria. No Rio Madeira, na bacia do Amazonas, 25 pessoas foram resgatadas de condições degradantes, entre elas três menores de idade. O garimpo ilegal, impulsionado pela ganância e pela impunidade, mantém a exploração como regra e transforma o lucro em justificativa para o crime.
A operação, realizada entre os dias 10 e 14 de março, em Borba, no Amazonas, envolveu Ministério do Trabalho e Emprego, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e Polícia Ambiental Militar.
Os trabalhadores estavam submetidos a jornadas exaustivas, alojamentos precários e total desamparo. Os responsáveis serão investigados, mas sem fiscalização contínua, outros seguirão escravizando.
A escravidão moderna sobrevive onde o Estado se ausenta e a fiscalização enfraquece. Resgates pontuais não bastam. É preciso desmantelar redes criminosas, endurecer punições e ampliar ações conjuntas. Só assim o Brasil deixará de estar entre os países onde o trabalho escravo ainda é realidade.