Juros altos é prejuízo à sociedade 

No Dia Nacional de Mobilização "Menos Juros, Mais Empregos!", nesta terça-feira (18/03), quando começa a reunião do Comitê de Políticas Monetárias para definir a nova Selic, o Sindicato dos Bancários da Bahia e outras entidades dos movimentos sociais fizeram protestos na praça da Piedade para cobrar a redução da taxa.  Atos semelhantes aconteceram em todo o país. 

Por Angélica Alves

Enquanto beneficia rentistas, a política monetária imposta pelo Banco Central de Selic nas alturas impede a geração de emprego, corrói a renda e atrapalha a economia. Com o nível atual, em 13,25% ao ano, o Brasil é um dos países com maiores taxas de juros. Se subir para 14,25%, como indica o Copom, será o maior índice desde 2016. 


No Dia Nacional de Mobilização "Menos Juros, Mais Empregos!", nesta terça-feira (18/03), quando começa a reunião do Comitê de Políticas Monetárias para definir a nova Selic, o Sindicato dos Bancários da Bahia e outras entidades dos movimentos sociais fizeram protestos na praça da Piedade para cobrar a redução da taxa.  Atos semelhantes aconteceram em todo o país. 


Com a taxa básica de juro absurdamente alta, empréstimos e financiamentos ficam mais caros. O trabalhador que financia um carro zero termina pagando dois ou até três o valor original. Um desincentivo às compras e investimentos.  


Até os títulos da dívida pública, remunerados pelo índice, são prejudicados. Em 2023, a União pagou R$ 732 bilhões com juros dos títulos, equivalente a 4,3 vezes os investimentos com o Bolsa Família, 8 vezes o montante para o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), 3,3 vezes o orçamento para a Saúde e 5 vezes para a Educação. 


A Selic, principal instrumento do BC para controle da inflação, precisa ser reduzida para a economia conseguir avançar de forma significativa.