Desmatou, lucrou, e ficou impune
A destruição da Amazônia nunca preocupação para os governos Temer e Bolsonaro. Entre 2017 e 2020, sob gestões alinhadas ao agronegócio, o desmatamento avançou sem freios, enquanto a impunidade reinava.
Por Camilly Oliveira
A destruição da Amazônia nunca preocupação para os governos Temer e Bolsonaro. Entre 2017 e 2020, sob gestões alinhadas ao agronegócio, o desmatamento avançou sem freios, enquanto a impunidade reinava.
Apenas 5% dos processos resultaram em indenizações pagas, escancarando o descaso com o meio ambiente. Enquanto latifundiários lucravam, a floresta desaparecia sem qualquer compensação real.
Levantamento do Imazon, com base em 3,5 mil ações do MPF, mostra que mesmo com o aumento das condenações, a responsabilização ainda é nula. Dos R$ 4,6 bilhões cobrados em indenizações, menos de R$ 700 mil foram quitados. A maioria dos processos foi arquivada ou extinta, evidenciando como a Justiça se curva diante dos interesses do agronegócio predatório.
Além da impunidade, o dinheiro recuperado não tem destino certo para a recuperação ambiental. Mesmo quando pagos, os valores vão para fundos públicos genéricos, sem garantia de retorno à Amazônia. O cenário é reflexo de uma política que favoreceu desmatadores e grandes fazendeiros, permitindo que a destruição da floresta fosse apenas mais um custo no balanço do agronegócio.