No Santander, cobrança de novos direitos sociais

Os representantes dos trabalhadores do banco espanhol cobraram a licença não remunerada de um ano para fins de estudos. A reivindicação é válida, pois os empregados sabem que os altos executivos desfrutam do benefício. Querem apenas que todos tenham direito.

Por Renata Andrade

Na segunda negociação do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) dos funcionários do Santander, nesta sexta-feira (26/07), a COE (Comissão de Organização dos Empregados) reivindicou demandas das cláusulas sociais. O diretor do Sindicato dos Bancários da Bahia, Adelmo Andrade, participou das discussões, em São Paulo.

 

 

Os representantes dos trabalhadores do banco espanhol cobraram a licença não remunerada de um ano para fins de estudos. A reivindicação é válida, pois os empregados sabem que os altos executivos desfrutam do benefício. Querem apenas que todos tenham direito. Em resposta, a empresa informou que se preocupa com a qualificação profissional dos funcionários.

 

 

A COE também quer que o Santander o banco arque com 100% das despesas referentes aos cursos para certificação da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) para quem precisa da certificação.

 

 

Além disso, a Comissão tratou dos direitos das mulheres. Cobrou a garantia à empregada vítima de violência que se afastar por determinação judicial do local de trabalho, a manutenção do salário e demais benefícios, como estivesse na ativa. Outra reivindicação feita é a garantia de ausências remuneradas, sem qualquer desconto, de três dias úteis consecutivos no mês para a bancária que sofre com dores no período menstrual.

 

 

Ainda foi reivindicada a redução de até 50% da jornada de trabalho, sem desconto de salário, para o funcionário responsável legal por pessoas com deficiência e dependentes de apoio de terceiros. A cláusula é destinada a atender a necessidade de criança ou adolescente que precisa de cuidados especiais.

 

 

A próxima negociação com a a direção do Santander será em 2 de agosto sobre saúde. As cláusulas sindicais serão discutidas no dia 9 de agosto.

 

Outras reivindicações

A COE Santander cobrou também cinco dias úteis de ausências abonadas por ano civil, em datas pré-acordadas com o gestor da área e a proibição de deduções e descontos diretamente na conta corrente do bancário, de qualquer verba recebida em decorrência do contrato de trabalho.

 

 

Além do compromisso do banco com o meio ambiente e com a transição justa, alinhada aos objetivos do acordo de Paris.