Crescem protestos pela queda da Selic

A política de juros do Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, ignora completamente a estabilidade econômica e insiste em manter a taxa básica de juros nas alturas. Postura que boicota o crescimento pleno da nação.

Por Camilly Oliveira

Nesta terça-feira (30/07), dezenas de pessoas se reuniram em frente ao Bradesco do Shopping Center Lapa, para pressionar o Banco Central pela redução da Selic, atualmente em 10,50% ao ano. Organizado por diversas centrais sindicais, o protesto destacou os efeitos negativos dos altos juros sobre o desenvolvimento do país, favorecendo apenas a elite econômica. Após a concentração inicial, os diretores do Sindicato dos Bancários da Bahia seguiram para outras agências bancárias na região da Lapa, para conversar sobre o andamento das negociações da campanha salarial.

 

O presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, criticou a disparidade nos recursos destinados ao pagamento da dívida pública em comparação aos investimentos em saúde, segurança, educação e moradia. Neste ano, o governo vai destinar R$ 2,49 trilhões para pagar a dívida pública e R$ 410 bilhões para as áreas essenciais no combate às desigualdades. 

 

A política de juros do Banco Central, presidido pelo bolsonarista Roberto Campos Neto, ignora completamente a estabilidade econômica e insiste em manter a taxa básica de juros nas alturas. Postura que boicota o crescimento pleno da nação.

 

O secretário-geral da Federação, Emanoel Souza, criticou Campos Neto, por ele sabotar a economia, e pediu substituição imediata. Ainda destacou a necessidade de um BC realmente independente, mas do mercado, que atue em prol do desenvolvimento nacional. É crucial a continuidade da mobilização em defesa de um Brasil mais justo.