Golpes virtuais em qualquer idade
É comum acreditar que os idosos, por terem ingressado no mundo digital mais tardiamente, são as principais vítimas de golpes virtuais. Mas, esta percepção não se sustenta diante dos dados. Pesquisa realizada pelo DataSenado, com quase 22 mil entrevistados, revelou que os jovens entre 16 e 29 anos são, na verdade, os mais afetados. Correspondem a 27% dos alvos. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16% dos casos.
Por Ana Beatriz Leal
É comum acreditar que os idosos, por terem ingressado no mundo digital mais tardiamente, são as principais vítimas de golpes virtuais. Mas, esta percepção não se sustenta diante dos dados. Pesquisa realizada pelo DataSenado, com quase 22 mil entrevistados, revelou que os jovens entre 16 e 29 anos são, na verdade, os mais afetados. Correspondem a 27% dos alvos. Já o grupo com mais de 60 anos representa 16% dos casos.
Embora os idosos tenham, em geral, mais dificuldade com a tecnologia, são os jovens, que praticamente “nasceram” no mundo digital, que mais caem nas armadilhas on-line. A explicação pode estar no excesso de confiança, imprudência ou até a própria hiperconexão.
A natureza dos casos também varia. Entre os mais velhos, predominam fraudes como clonagem de cartões, centrais bancárias fictícias e roubo de dados. Já entre os jovens, os golpes se sustentam em promessas ilusórias de dinheiro fácil ou empregos remotos.
Independentemente da faixa etária, o fato é que é preciso debater, criar consciência e mecanismos de combate aos crimes digitais. Recentemente, em março, o Senado criou a Frente Parlamentar de Apoio à Cibersegurança e à Defesa Cibernética. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024 mostram que houve alta de 13,6% no número de estelionatos digitais entre 2022 e 2023.