Déficit na Caixa ainda é problema
Os anos de desmonte promovido pela política ultraliberal de Temer e Bolsonaro ainda causam prejuízos aos empregados e clientes da Caixa. Um dos problemas é a queda drástica do quadro de pessoal. O único banco 100% público do país, responsável pelos principais programas de inclusão social do governo, tinha em setembro deste ano 83.640 empregados. No fim de 2014, portanto, pouco antes da crise política no Brasil, eram 101.500.
Por Redação
Os anos de desmonte promovido pela política ultraliberal de Temer e Bolsonaro ainda causam prejuízos aos empregados e clientes da Caixa. Um dos problemas é a queda drástica do quadro de pessoal. O único banco 100% público do país, responsável pelos principais programas de inclusão social do governo, tinha em setembro deste ano 83.640 empregados. No fim de 2014, portanto, pouco antes da crise política no Brasil, eram 101.500.
Em 10 anos, a instituição perdeu 17.860 trabalhadores. Já o número de clientes disparou, de 78,318 milhões para 153,196 milhões no período. Sem pessoal suficiente para dar conta da demanda, a sobrecarga cresceu, assim como o adoecimento. Pesquisa feita pelo movimento sindical recentemente revelou que 8 em cada 10 dos empregados da ativa disseram que o trabalho afeta a saúde, principalmente a mental.
A situação é tão grave que está sendo tratada na Câmara dos Deputados. Em audiência nesta segunda-feira (09/12), os representantes dos trabalhadores cobraram a retificação do edital com a ampliação do cadastro de reserva do concurso feito neste ano.
Como o banco se nega a atender ao pedido, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) sugeriu a criação de um grupo de trabalho formado por parlamentares e entidades sindicais para visitar as agências, acompanhar o processo e exigir que a Caixa altere o edital e convoque mais pessoas.