Sindicato cobra do Santander respeito aos bancários

O Santander não tem nenhum respeito pelos bancários brasileiros. O banco espanhol desconsidera o cenário de pandemia e quer obrigar os funcionários do grupo de risco a retornarem às atividades presenciais. Nem as gestantes escapam. Ao mesmo tempo, terceiriza, assedia e demite. 


O clima na empresa é tenso. Seja por conta da Covid, já que os protocolos de segurança são fragilizados, ou por conta dos desligamentos. Diante do cenário, sindicatos de todo o país realizaram, nesta terça-feira (29/03), manifestações em diversas agências. Em Salvador, o protesto aconteceu na unidade da Pituba.


A lista de irregularidades é longa. Até a CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) o Santander tenta descumprir. Recentemente, o banco criou três novas empresas que prestam serviços para o conglomerado e os funcionários não são considerados bancários, perdendo uma série de direitos da categoria. Para completar, ainda desafia a Justiça e descumpre uma série de decisões de reintegração.

 

Assédio moral diário

Não é só isso. Ainda tem o assédio moral diário. Os trabalhadores são obrigados a bater a meta de 30 dias em apenas 15. A pressão é absurda e muitos terminam doentes. Não é à toa que o Santander é um dos campeões de afastamento por problemas de saúde. 


A situação é preocupante. Mas a direção do banco faz pouco caso. Por isso, em todo o país, acontecem protestos. "A manifestação é a resposta dos trabalhadores para pressionar a empresa a abrir um canal de negociação, na tentativa de tratar as pautas específicas", destacou o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augusto Vasconcelos durante o ato.