COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
VIA CLASSISTA
Ponto polêmico na Academia, a tese de que as pessoas se unificam mais por laços ideológicos e de classe do que nacionalidade se materializa agora na suspensão do X (antigo Twitter). Os bolsonaristas apoiam Elon Musk contra a soberania brasileira porque se identificam enquanto ultraliberais, fascinazistas, negacionistas. A extrema direita está organizada, globalmente.
NA HIPOCRISIA
Os que no Brasil, para agradar o império, a metrópole, preferem ficar ao lado do sul-africano Elon Musk e contra a Constituição nacional, apesar de o X se negar a cumprir as leis brasileiras, são os mesmos que aplaudiram quando os EUA deram ultimato à chinesa Tik Tok para ser vendida a uma empresa estadunidense ou sair do país. Esta é a visão de democracia dos fascinazistas.
GOLPE COMPENSA
Se Bolsonaro, inelegível pelo TSE, com restrições políticas, permanecer impune após participação em ato público no sábado, em São Paulo, onde defendeu anistia para os golpistas do 8 de janeiro e voltou a atacar o STF, ganham força as denúncias de acordão entre as elites para não prendê-lo, bem ao estilo o golpe compensa. A impunidade é um crime político grave.
PIOR MOMENTO
Às vésperas da eleição municipal, essencial à neutralização do fascinazismo em 2026, a denúncia de crime sexual contra o ex-ministro Sílvio Almeida, não poderia acontecer em momento pior. E pelo que começa a surgir, inclusive de disputa de interesses milionários do Me Too no Ministério dos Direitos Humanos, o problema deve se agravar e causar estragos ao governo.
EXIGE ATITUDE
Diante da ferveção do clima político, com a defesa insana de Elon Musk pela extrema direita em prejuízo do Brasil e os abusos das fake news pelos bolsonaristas, a presidenta do TSE, Cármen Lúcia, precisa ter muita firmeza e coragem para impedir que a eleição municipal descambe para a fraude e violência. Adotar o mesmo rigor que, em 2022, ajudou a salvar a democracia.