COLUNA SAQUE
Por Rogaciano Medeiros
MESMA RECEITA
O que a extrema direita faz agora na pós eleição venezuelana, ao contestar as urnas sem provas e fabricar tensões institucionais a fim de criar clima para golpe, é o receituário ultraliberal fascinazista aplicado no mundo todo. Geralmente fracassa, mas a um alto custo político, econômico e social. Nos EUA deu na invasão do Capitólio e no Brasil terrorismo nos três poderes.
POR ENQUANTO...
Parece cedo, afirmar que a Venezuela corre risco de guerra civil, podendo se alastrar por toda América Latina, se não houver acordo entre governo e a oposição fascinazista. Por enquanto, a institucionalidade venezuelana atesta as urnas e as forças armadas juraram fidelidade a Maduro. O que deve ocorrer é a proliferação de grupos paramilitares de extrema direita. Aí vai.
DUAS MEDIDAS
No golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016, com o impeachment sem comprovado crime de responsabilidade, a direita perfumada nativa alegava que o Legislativo e o Judiciário tinham aprovado, portanto não se podia falar em ruptura institucional. Mas, agora na Venezuela, a institucionalidade é negada pelos mesmos que a invocaram no Brasil. Dois pesos, duas medidas.
DESTINO PRÓPRIO
Só por ignorância, a imensa maioria, ou conveniência, a ínfima minoria, para negar o direito da Venezuela à autodeterminação de construir destino próprio e, acima de tudo, defender as suas riquezas. Possui as maiores reservas de petróleo do mundo e de ouro da América Latina, as quais o imperialismo (EUA e UE) tem feito de tudo para meter as mãos. Resistência bolivariana.
ODEIA POVO
A ameaça do presidente do BC, Roberto Campos Neto, de elevar a Selic, hoje em absurdos 10,50%, na próxima reunião do Copom, dias 17 e 18 de setembro, apesar de a realidade econômica exigir o contrário, confirma o uso do banco pela extrema direita para tentar sabotar o governo. Os juros altos atingem acima de tudo os mais pobres. Todo bolsonarista odeia o povo.
