COLUNA SAQUE
CONTENDA
A reforma tributária, que se arrasta há anos no Brasil, envolve interesses distintos e contraditórios de incontáveis segmentos nos campos do capital e do trabalho, dos setores públicos e privados. A depender do texto aprovado no Parlamento, o país pode evoluir na democracia social, na superação das desigualdades, ou regredir com o agravamento da concentração de renda.
HABILIDADE
Obviamente, não deixa de ser lamentável o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (AL), entregar a relatoria da reforma tributária ao PP, partido ao qual é filiado, fonte do conservadorismo oportunista. Mas, também não é o fim do mundo. A emenda é complicada, difícil, exige habilidade dos protagonistas, principalmente do governo, para alinhar interesses diversos.
COMPARSAS
Evidente que outros fatores, também graves, contribuíram, mas o atual juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Fernando Appio, responsável pelo espólio da criminosa Lava Jato, tem razão ao afirmar que a operação, ao desprezar a presunção de inocência e o devido processo legal, ajudou a encorajar os atos terrorista do dia 8 de janeiro. No alvo, Moro e Dallagnol.
BANDIDAGEM
Depoimentos que mostram o grau de organização do golpismo, bancado por frações das elites econômicas, militares e políticas. O ex-comandante de Operação da PM-DF, coronel Eduardo Naime, disse na Câmara Federal que o Exército dificultou a prisão dos terroristas, enquanto bolsonaristas presos confessaram à PF ter recebido dinheiro para praticar atos de terror.
CÂMERAS
Tudo bem que a medida da Prefeitura de Salvador para fiscalizar as ações dos seguranças de shoppings é necessária. No entanto, mais urgente e exemplar seria o prefeito Bruno Reis fazer o dever de casa e instalar câmeras nas fardas dos guardas municipais e agentes da Transalvador. Os abusos, muitas vezes, são mais violentos, pois amparados pelo Estado.
