COE pressiona Itaú contra abusos

A COE (Comissão de Organização dos Empregados) do Itaú se reuniu nesta quarta-feira (02/04) com a direção do banco para exigir mudanças no programa GERA e um reajuste digno na PCR (Participação Complementar nos Resultados). O Gera, sistema que avalia o desempenho dos funcionários, tem sido alvo de críticas por cobranças abusivas e metas inalcançáveis. Já a PCR, benefício financeiro pago aos bancários, teve reajuste considerado insuficiente. A COE denunciou ainda rebaixamentos de cargo e a falta de transparência nas regras, cobrando respostas concretas.

 

 

O banco tentou minimizar as reclamações, alegando melhorias no canal “Fale com o GERA” e justificando os descomissionamentos com base na Reforma Trabalhista. Os trabalhadores contestaram, afirmando que a pressão e a insegurança crescem enquanto os lucros do Itaú batem recordes. Além disso, o SQV (Sistema de Qualidade de Vendas), que mede a qualidade das vendas, tem penalizado funcionários, criando um ambiente de medo e instabilidade.

 

 

Durante a reunião, que contou com a presença da diretora Luciana Dórea, representando os bancários da Bahia e Sergipe, a COE rejeitou a proposta de reajuste da PCR, argumentando que o valor oferecido não condiz com a dedicação dos bancários. Enquanto o Itaú lucra bilhões, os funcionários enfrentam metas abusivas e condições precárias. A pressão continuará até que o banco reconheça e valorize aqueles quem sustenta os ganhos astronômicos dos acionistas.