Dia de luta no Bradesco contra demissões

Apesar do lucro de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre do ano, o Bradesco fechou 2.159 postos de trabalho em 12 meses e encerrou as atividades de 169 agências, 173 postos de atendimento e 77 unidades de negócios.

Por Camilly Oliveira

A agência Bradesco Capemi, em Salvador, foi palco, nesta quarta-feira (03/07) de uma manifestação, que faz parte do Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Bradesco. O protesto denunciou a reestruturação em curso do banco. A medida significa fechamento de agências, demissões em massa, sobrecarga e adoecimento. 


Apesar do lucro de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre do ano, o Bradesco fechou 2.159 postos de trabalho em 12 meses e encerrou as atividades de 169 agências, 173 postos de atendimento e 77 unidades de negócios.


Na Bahia, até 10 de abril 31 funcionários foram desligados. Outros 71 foram demitidos no ano passado, segundo o coordenador da COE no Estado, Ronaldo Ornellas. A garantia de empregos, inclusive, é uma das reinvindicações dos bancários na campanha salarial em curso.


O presidente licenciado do SSBA, Augusto Vasconcelos, destacou a importância da participação da categoria para que o movimento seja vitorioso. Lembrou ainda que os “trabalhadores não são peças descartáveis para aumentar o rendimento das empresas”. Em 2023, o lucro líquido do Bradesco foi de R$ 16,3 bilhões. “É inadmissível que isso seja obtido a custas da saúde dos funcionários”, concluiu.