Soja cresceu à custa da biodiversidade

A expansão da soja no Brasil, que quadruplicou em 30 anos, reflete o modelo que prioriza o lucro em detrimento da preservação ambiental. Com 44,6 milhões de hectares plantados, a cultura avançou sobre áreas essenciais como a Amazônia e o Matopiba, substituindo florestas nativas por monoculturas que destroem ecossistemas. Este crescimento, muitas vezes associado à impunidade e ao desmonte ambiental, reforça um ciclo de degradação irreparável.

Por Camilly Oliveira

A expansão da soja no Brasil, que quadruplicou em 30 anos, reflete o modelo que prioriza o lucro em detrimento da preservação ambiental. Com 44,6 milhões de hectares plantados, a cultura avançou sobre áreas essenciais como a Amazônia e o Matopiba, substituindo florestas nativas por monoculturas que destroem ecossistemas. Este crescimento, muitas vezes associado à impunidade e ao desmonte ambiental, reforça um ciclo de degradação irreparável.

 


No governo Bolsonaro, o desmatamento atingiu recordes históricos, criando um terreno fértil para a exploração ilegal de terras públicas. A Amazônia, antes protegida, viu o cultivo de soja crescer absurdamente, incentivado por políticas que ignoraram compromissos climáticos e abriram caminho para o desrespeito à legislação ambiental. A expansão não apenas destruiu biomas, mas também comprometeu comunidades que dependem das florestas para sobreviver.

 


A substituição de áreas nativas por soja expõe um país que continua refém do modelo que despreza a sustentabilidade e aprofunda desigualdades. Transformar florestas em campos lucrativos não é progresso, é um ataque à biodiversidade e à soberania ambiental. O Brasil precisa de soluções que equilibrem produção e preservação, evitando que a destruição de hoje condene o futuro.