A cor da pele define cargos

Os pretos também são minoria nas profissões mais bem pagas e maioria em subempregos, com salários bem menores, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Em 10 ocupações com remunerações altas ocupam apenas 27% do total das vagas. Entre os que pagam menos, os trabalhadores pretos ou pardos são 70%. 

Por Angélica Alves

O negro enfrenta muitos mais desafios ao longo da vida do que a pessoa não negra. Da infância na escola até a vida adulta no trabalho. Ocupar cargo de chefia é raridade, embora seja maioria da população. Os dados mostram. Um a cada 48 trabalhadores negro é líder. Entre os demais, a proporção é de um a cada 18. 


Os pretos também são minoria nas profissões mais bem pagas e maioria em subempregos, com salários bem menores, aponta o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Em 10 ocupações com remunerações altas ocupam apenas 27% do total das vagas. Entre os que pagam menos, os trabalhadores pretos ou pardos são 70%. 


Na média geral, o salário dessa população é 40% menor do que o dos não negros. Em valores, ao longo da vida, os negros ganham, em média, R$ 899 mil a menos. Na análise dos que possuem ensino superior, a diferença ultrapassa a marca de $ 1 milhão. 


Durante os últimos anos, durante o governo de Jair Bolsonaro, estes brasileiros enfrentaram um cenário pior. Em 2020, a taxa de desemprego geral e entre os negros chegou 13,6% e 18,1%, respectivamente.