Reduzir fila de espera no SUS
O governo Lula enfrenta um dos maiores desafios da saúde pública: as filas intermináveis do SUS (Sistema Único de Saúde). Ao reformular o programa de acesso a especialidades médicas, o Planalto aposta na força do Estado para garantir o que nunca deveria ter sido negado, o direito à saúde com dignidade para todos, sem distinção.
Por Camilly Oliveira
O governo Lula enfrenta um dos maiores desafios da saúde pública: as filas intermináveis do SUS (Sistema Único de Saúde). Ao reformular o programa de acesso a especialidades médicas, o Planalto aposta na força do Estado para garantir o que nunca deveria ter sido negado, o direito à saúde com dignidade para todos, sem distinção.
A nova proposta amplia mutirões, convoca a rede privada para atender onde o SUS não alcança e transforma dívida de operadora em atendimento médico para o povo. Uma resposta firme e com direção política clara. Apesar do aumento de 40% nas cirurgias eletivas em 2024, os números não chegaram ao cerne da questão.
O governo sai do modelo descentralizado, entra em uma gestão com maior controle do Ministério da Saúde, vai adotar nova logomarca, novas equipes e prioridade para especialidades que hoje o atendimento é mais demorado, como oncologia, cardiologia e ortopedia. A burocracia dá espaço à urgência social. A expectativa é uma redução considerável nas filas de espera.
Ao investir na saúde como prioridade e usar todos os instrumentos possíveis para acelerar o atendimento, o governo reafirma que democracia social também se faz no centro cirúrgico. O novo programa, que será relançado em maio, não promete milagres. Mas mostra disposição política para fazer o que gestões anteriores não fizeram.