Fenaban não toma jeito

Aplicação da Lei de Igualdade Salarial, adesão ao programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar a duração da licença-maternidade para seis meses, mais contratações de mulheres na área de TI, de indígenas e negros nos bancos, além da inclusão e acolhimento dos bancários LGBTQIA+. Estas foram algumas das cobranças feitas pelo Comando Nacional à Fenaban na terceira mesa de negociação, ocorrida nesta quinta-feira (11/07). 

Por Ana Beatriz Leal

Aplicação da Lei de Igualdade Salarial, adesão ao programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar a duração da licença-maternidade para seis meses, mais contratações de mulheres na área de TI, de indígenas e negros nos bancos, além da inclusão e acolhimento dos bancários LGBTQIA+. Estas foram algumas das cobranças feitas pelo Comando Nacional à Fenaban na terceira mesa de negociação, ocorrida nesta quinta-feira (11/07). 
 

A diferença salarial a partir dos recortes de gênero e racial são gritantes. A média de remuneração na categoria R$ 11.573,00. Enquanto os homens brancos têm remuneração média de R$ 12.884,00, as mulheres brancas recebem R$ 10.176,00. Já os negros (R$ 10.166,00) e negras (R$ 8.265,00). Os bancários querem corrigir as distorções urgentemente. Os bancos, por sua vez, não demonstraram muito interesse em resolver as questões. Muita conversa na reunião. Mais do mesmo.
 

O combate aos assédios sexual e moral também foi destaque, o que tem elevado o adoecimento. Pesquisa revela que 80% dos trabalhadores do ramo financeiro declaram ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano.
 

Presente da negociação, o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Hermelino Neto, cobrou a continuidade do projeto piloto implementado em Salvador direcionado à contratação de negros no setor, além da ausência de indígenas nos bancos.
 

A próxima rodada de negociação acontece na quinta-feira da semana que vem. Em pauta, a saúde dos bancários. Aí tem muito o que cobrar.