Gravidez após câncer de mama

Com a campanha Outubro Rosa a todo vapor, as informações relacionadas à saúde feminina ficam ainda mais evidentes. Dado relevante é que a maioria das mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama em estágio inicial tem grandes chances de engravidar após o tratamento da doença.

Por Renata Andrade

Com a campanha Outubro Rosa a todo vapor, as informações relacionadas à saúde feminina ficam ainda mais evidentes. Dado relevante é que a maioria das mulheres jovens diagnosticadas com câncer de mama em estágio inicial tem grandes chances de engravidar após o tratamento da doença.

 


Estudo apresentado no último congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizado nos Estados Unidos, em junho passado, apontou que das pacientes avaliadas, 73% conseguiram engravidar e 65% deram à luz um bebê vivo. Este é o primeiro levantamento com mais de 10 anos de acompanhamento que avalia a fertilidade em pacientes com menos de 40 anos de idade com doença não metastática. 

 


O estudo dá esperança às pacientes jovens com câncer de mama em estágio inicial, já que os achados apontam para possibilidade de conciliar o cuidado com a saúde e o desejo de gestar. Tratar este tipo de tumor impacta a fertilidade, pois a quimioterapia pode levar a supressão da função ovariana, com indução de menopausa precoce.

 


No estudo foram avaliados dados de 1.213 mulheres diagnosticadas com tumores de mama não metastáticos entre 2006 e 2016, sendo que 197 tentaram engravidar e a maioria conseguiu. Somente 28% tinham feito tratamentos para preservar a fertilidade e as chances de gestação foram maiores para este grupo e as mais jovens.